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Estudantes de Taguatinga conquistam o 2º lugar em Mostra Brasileira de Foguetes

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Evento aconteceu no Rio de Janeiro e é de iniciativa da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica

Por Andressa Rios, Ascom/SEEDF

 

 

Alunos do Centro de Ensino Médio de Taguatinga Norte (CEMTN) ficaram em 2º lugar na XVIII Mostra Brasileira de Foguetes, realizada entre os dias 21 e 24 de outubro, na Barra do Piraí, Rio de Janeiro. O colégio alcançou 190 metros de altura com o lançamento do foguete e foi a única representante da rede pública de ensino do Distrito Federal a participar da Jornada Nacional de Foguetes.

 

A competição é realizada pela Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e podem participar escolas de todos os cantos do Brasil, tanto públicas quanto particulares. Para que a equipe se classifique, é necessário que o lançamento do foguete alcance pelo menos 180 metros.

 

Os professores de biologia e robótica, Ediney Barreto e Brenda Santos, respectivamente, foram os responsáveis pela organização do projeto e acompanhamento dos estudantes na competição. Ediney relembra o começo da proposta. “Esse projeto iniciou de forma bem rústica. Não tínhamos material, quase nada, lançamos primeiro num campo de futebol próximo à escola”.

 

O professor também reforça a importância da educação ultrapassar o ambiente escolar. “A educação não está só dentro do ambiente escolar, né? A educação transpassa os muros da escola, não só na parte da criatividade, como na parte cultural também, porque lá eles conheceram vários alunos de outros estados”.

 

Construídos a partir de garrafas pet, os estudantes utilizam um sistema de água e ar comprimido em alta pressão, para que, quando liberados, possam gerar o impulso no foguete. Para tanto, podem usar propelentes à base de bicarbonato de sódio e vinagre. Esse tipo de foguete é considerado de nível 4, porém a elaboração dos foguetes vai até o nível 5.

 

Competição

 

A Mostra Brasileira de Foguetes tem cinco níveis distintos:

Nível 1: Destinado aos alunos do ensino fundamental, regularmente matriculados do 1º ao 3º ano. Neste nível, os foguetes são lançados obliquamente e movidos por simples impulso.

Nível 2: Destinado aos alunos do ensino fundamental, regularmente matriculados do 4º ao 5º ano. Neste nível, os foguetes são lançados obliquamente e movidos por simples impulso.

Nível 3: Destinado aos alunos do ensino fundamental, regularmente matriculados entre o 6º e o 9º ano. Neste nível, os foguetes são lançados obliquamente e movidos pela pressão inserida manualmente pelos respectivos participantes.

Nível 4: Destinado aos alunos regularmente matriculados em qualquer série/ano/período do ensino médio ou superior. Neste nível, os foguetes são lançados obliquamente e movidos pela pressão gerada pela reação química entre o vinagre e o bicarbonato de sódio.

Nível 5: Destinado aos alunos regularmente matriculados em qualquer série/ano/período do ensino médio ou superior. Neste nível, os foguetes são lançados obliquamente e movidos por propulsão sólida.

Experiência

Os estudantes Kauam Rocha e Davi Barcelos, do 2º ano, além de Érika Maryanna Aguiar, do 3º ano, compõem a equipe vice-campeã da Mostra Brasileira de Foguetes. Kauam reconheceu o esforço dos professores em incentivar a equipe em todo o processo.

 

Nós pensamos que não daria certo, pensamos até em desistir, mas graças aos nossos professores conseguimos ir e chegarmos lá! Foi uma experiência nova para mim, de muito aprendizado, pois conhecemos majors da Aeronáutica Brasileira, conhecemos até um astronauta que lança foguetes para uma empresa coreana. Vou carregar essas memórias para a vida toda”.

 

Já Érika Maryanna destacou a importância de interagir com alunos de outras escolas e de outros estados. “Foi minha primeira viagem em grupo, fiz amizades, encontrei pessoas de todos os estados, de cidades que eu nem conhecia no Brasil. Então, foi legal a mistura de cultura e ciência da qual nós fizemos parte”.

 

O projeto é todo voltado para a iniciação científica, o estudante Davi Barcelos destaca o quanto é essencial a ajuda de recursos. “Na competição, havia escolas, inclusive a que ficou em primeiro lugar, do interior do Maranhão, que possuem impressora 3D e cortadora a laser. Esse material ajuda muito a realizar o trabalho da melhor forma. Precisamos sempre de recursos, patrocínios”.

 

Para o próximo ano, o professor Ediney pretende levar mais equipes para a competição. “Queremos levar três equipes no ano que vem. Agora vamos ter a jornada do Cerrado, que vai acontecer nos dias 7, 8 e 9 de novembro”.

 

Fonte: Secretaria de Estado de Educação do DF

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