A Justiça de Mato Grosso autorizou a Polícia Civil a prender, em caráter preventivo, mais oito suspeitos de participar de uma tentativa de resgatar presos da Penitenciária Central do estado. Até as 11h de hoje (25), ao menos cinco dos investigados já tinham sido detidos e os policiais mato-grossenses continuavam à procura dos outros três alvos dos mandados judiciais expedidos pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
Os mandados estão sendo cumpridos em duas cidades mato-grossenses (Cuiabá e Rondonópolis); em Oeiras (PI) e em Salvador. A Justiça estadual também autorizou os policiais a realizarem buscas e apreenderem documentos e objetos em 12 endereços ligados aos investigados, além de decretar o sequestro de uma casa do bairro Industriário, em Cuiabá.
Segundo a Polícia Civil, os investigados adquiriram o imóvel e estavam usando o local como base para a escavação de um túnel até a Penitenciária Central – maior unidade prisional do estado, onde estão abrigados criminosos de alta periculosidade.
O túnel foi descoberto em setembro de 2022, quando agentes da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) flagraram 12 pessoas escavando o túnel, entre elas, três adolescentes. De acordo com a Polícia Civil, as primeiras pessoas autuadas em flagrante são do Piauí, e algumas delas trabalharam antes em escavações em áreas de garimpo.
Na residência, foram encontrados maquinários para bombeamento de água e retirada de terra e um aparelho de GPS (do inglês, Sistema de Posicionamento Global) que tinha como coordenada geográfica um dos pavilhões da Penitenciária Central. O túnel, por sua vez, já tinha mais de 40 metros de extensão e contava com sistema de iluminação e uma estrutura reforçada para evitar que ruísse.
No decorrer das investigações, foram identificadas outras oito pessoas suspeitas de planejar a tentativa de fuga em massa e de recrutar os primeiros 12 detidos. Entre os oito investigados alvos da operação deflagrada esta manhã há um engenheiro, morador de Rondonópolis (MT) e suspeito de ter projetado o túnel que levaria da casa adquirida pelo grupo à penitenciária.
A ação policial deflagrada hoje recebeu o nome de Operação Armadillo, que, em espanhol, significa tatu. Participaram da ação equipes da GCCO, da Gerência de Operações Especiais, da Delegacia Regional de Rondonópolis, da Polícia Civil da Bahia e da Delegacia do município de Oeiras, no Piauí.
Fonte: Agência Brasil