Esta quarta-feira (6) é o Dia Mundial das Zoonoses, doenças que podem ser transmitidas de animais para seres humanos, a exemplo da raiva, que pode ser fatal. A data faz alusão a um acontecimento de 1885, na França, quando um garoto foi mordido por um cachorro infectado, mas foi salvo pela vacina.
Diante do caso de raiva em humano registrado na tarde de terça-feira (5) no Distrito Federal, a Secretaria de Saúde antecipou para esta quarta o início da campanha antirrábica para cães e gatos a partir de 3 meses. Ao todo, a secretaria disponibilizou 14 pontos de vacinação em diferentes regiões.
Odete Bortolozzi aproveitou o primeiro dia de vacinação para levar logo cedo o yorkshire Bruce, de 5 anos. Ela garante que a carteira de vacinação do cãozinho está atualizada com todas as vacinas necessárias. “Ele é meu xodó. Estamos sempre atentos às vacinas. A gente precisa cuidar de quem está perto da gente. A prevenção de doenças e o bem-estar dos bichinhos estão diretamente relacionados à nossa saúde”, afirma.
A imunização é de segunda a sexta-feira, das às 8h às 17h. Nos próximos dias, novos pontos volantes entrarão em operação, incluindo uma parceria com as administrações regionais, onde, estima-se, a população de cães e gatos é de 345.033, dos quais 89,4% são cães e 10,6%, gatos. A expectativa é vacinar pelo menos 80% da população animal.
A vacina antirrábica faz parte do calendário fixo, portanto está disponível durante o ano inteiro, em todos os Núcleos Regionais de Vigilância Ambiental (confira aqui).
Transmissão do vírus
O vírus da raiva está presente na saliva de animais infectados e é transmitido principalmente por meio de mordidas e arranhões ou de lambidas em mucosas e pele lesionadas.
O diretor-substituto da Vigilância Ambiental, o médico veterinário Laurício Monteiro da Cruz, ressalta a importância de higienizar a área que pode ter sido contaminada. “Lavar o local da ferida com água e sabão é uma medida extraordinária com a qual já se diminui muito a possibilidade de propagação do vírus”, explica.
Segundo ele, para se prevenir, além da vacina, é importante evitar mexer ou tocar em cães e gatos desconhecidos, sem donos, principalmente quando eles estiverem se alimentando, com cria ou dormindo. O especialista acrescenta que, em caso de suspeita de raiva, é fundamental a comunicação para acompanhamento e análise. A orientação é procurar uma Unidade Básica de Saúde para orientação.
O contato com a Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde pode ser pelo telefone (61) 2017-1342 ou pelo Disque Saúde – 160 ou pelo e-mail: zoonosesdf@gmail.com
Zoonoses mais comuns:
– Acidentes por picadas de animais peçonhentos (como cobras, aranhas, escorpiões, abelhas, entre outros)
– Criptococose
– Esporotricose humana
– Febre amarela
– Hantavirose
– Leishmaniose tegumentar
– Leishmaniose visceral
– Leptospirose
– Malária
– Raiva
– Salmonelose
– Toxoplasmose
*Com informações da Secretaria de Saúde do DF
Fonte: Agência Brasília