Uma atendente de uma padaria localizada na 304 Sul, em Brasília, denunciou o gerente do local por assédio sexual e homofobia. O caso foi registrado na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam I) e é investigado como crime de importunação sexual.
Segundo a denúncia, os abusos eram frequentes e envolviam toques indesejados, encoxadas e comentários de cunho sexual e ofensivo. Em uma das situações mais graves, o gerente teria apalpado os seios da funcionária, e depois justificou o ato como um “descuido”.
A vítima revelou que os abusos foram confidenciados ao namorado, que passou a desconfiar da situação ao vê-la sair do trabalho sempre chorando. “Depois de muita insistência, ela revelou o que estava acontecendo”, contou o rapaz à coluna Na Mira, do portal Metrópoles.
No depoimento prestado à Polícia Civil do DF, a funcionária também relatou que o gerente teria beijado o pescoço e tocado partes íntimas de outra colaboradora da padaria. Além disso, funcionários homossexuais relataram terem sido vítimas de comentários preconceituosos e constrangimentos por parte do mesmo homem.
Com medo de represálias e da possibilidade de perder o emprego, a jovem inicialmente não levou o caso aos proprietários da padaria. No entanto, decidiu registrar a ocorrência na delegacia para interromper os abusos.
Procurado pela reportagem, um dos gestores da padaria informou que o gerente acusado foi demitido no último sábado (20/9). As investigações continuam sob responsabilidade da Deam I.