Nos últimos quatro anos, mesmo com a pandemia, o Governo do Distrito Federal implantou programas e projetos que vêm contribuindo para que Brasília se consolide no cenário nacional como um dos mais importantes centros esportivos do país.
Hoje, o DF oferece ampla estrutura para atender os próprios moradores e também para receber grandes eventos esportivos.
Somente na construção de quadras poliesportivas, campos de futebol com gramado sintético e em reforma de 12 centros olímpicos e paralímpicos, a Secretaria de Esporte e Lazer (SEL) investiu R$ 20 milhões, conforme conta, nesta entrevista, a secretária Giselle Ferreira, para quem investir no esporte é investir em saúde e qualidade de vida. Para 2023, entre os projetos a serem executados, está a construção do Centro Olímpico do Paranoá. Confira.
AGÊNCIA BRASÍLIA – O que a SEL fez para melhorar a estrutura esportiva do Distrito Federal?
GISELLE FERREIRA – Pela primeira vez, a Secretaria de Esporte e Lazer criou, no seu quadro de servidores, uma equipe de obras com engenheiros e arquitetos. Assim, demos agilidade e eficiência aos processos de construção e reforma dos espaços esportivos da rede púbica. Construímos, por exemplo, 20 quadras esportivas de areia em 14 regiões administrativas, com investimento de R$ 1,6 milhão. Também priorizamos a reforma e construção de 50 campos sintéticos de futebol em todo o DF, O que foi essencial para a retomada do esporte na capital. Para isso, contamos com o apoio irrestrito do governador Ibaneis Rocha e da colaboração de diversas secretarias do GDF, como a do Trabalho, que nos ajudou por meio do programa Renova DF.
AB – Como a SEL incentiva e ajuda os atletas que representam o DF nas competições nacionais e internacionais?
“O Compete Brasília é uma das nossas maiores riquezas, uma vez que abraça todas as modalidades esportivas e proporciona a participação de atletas e paratletas em eventos nacionais e internacionais”
GF – Temos dois grandes programas: o Bolsa Atleta e o Compete Brasília. O primeiro ajuda financeiramente esportistas de alto desempenho. O valor mensal de cada bolsa muda de acordo com a classificação dos atletas e dos níveis da modalidade. Em 2023, serão 146 vagas olímpicas e 120 paralímpicas. Já o Compete Brasília é uma das nossas maiores riquezas, uma vez que abraça todas as modalidades esportivas e proporciona a participação de atletas e paratletas em eventos nacionais e internacionais. Vale ressaltar que este programa só existe no DF. Apenas neste ano, foram realizados 2.863 atendimentos com o investimento de R$ 7.941.962,02 do Fundo de Apoio ao Esporte [FAE].
AB – Como os centros olímpicos e paralímpicos se encontram hoje? Houve alguma transformação significativa nesta gestão?
GF – Com a pandemia do coronavírus sob controle, reabrimos os 12 centros oferecendo o dobro de vagas, subindo de 29 mil para 62 mil. Atualmente, 27 piscinas dos COPs estão sendo reformadas. As fissuras estão sendo eliminadas com a aplicação de material impermeabilizante e fibra de vidro, que tem maior durabilidade. Além disso, atendendo antiga demanda, a SEL investiu R$ 966 mil na aquisição de 30 novos aquecedores para as piscinas. Estamos também pintando, fazendo reparos e prestando serviços de manutenção em todos os COPs. Outra grande novidade é a construção de mais uma unidade no Paranoá. A primeira etapa do projeto está aprovada e aguarda liberação de recurso da Caixa Econômica para a abertura de licitação.
AB – Como a SEL vem usando o esporte para promover inclusão e transformação social?
GF – Em 2020, a SEL recebeu de braços abertos o programa Jovem Candango, que passou por diversas melhorias. Ao oferecer aos jovens brasilienses formação técnico-profissional e inseri-los no mercado de trabalho, estamos de fato pensando no futuro das pessoas e da nossa cidade. Outro importante projeto: o Educador Esportivo Voluntário, que revolucionou a vida de quem oferta esporte no DF. Selecionamos profissionais que já atuavam na área e demos condições básicas para tocarem seus projetos, seguindo a proposta de equipar, qualificar e dar condições para a prática esportiva.
AB – Nesse processo de inclusão, a SEL também tem se preocupado em oferecer equipamentos e material esportivo para crianças e jovens socialmente mais vulneráveis?
GF – Sim. Criamos o projeto Vestindo e Calçando o Esporte, por meio do qual distribuímos de kits de uniformes e chuteiras para mais de 21 mil crianças e adolescentes do DF. Também criamos o projeto Esporte nas Ruas, que possibilitou que a SEL, pela primeira vez, pudesse comprar equipamentos esportivos e distribuí-los para instituições esportivas. Foram também comprados materiais específicos para atletas com deficiência. Esses equipamentos, embora sejam difíceis de adquirir, são muito importantes para o desenvolvimento dos nossos atletas. Foi um ganho gigantesco da nossa gestão.
AB – Brasília pode ser considerada como um polo para grandes eventos esportivos?
GF – Durante os últimos quatro anos, Brasília recebeu diversos eventos esportivos nacionais e internacionais, gerando empregos e movimentando a economia da cidade, além de incentivar ossos jovens a praticarem uma atividade física. Entre esses eventos, destaco os Jogos Universitários Brasileiros, realizados por dois anos consecutivos. Foi um marco, não apenas para nossa cidade, mas também para a organização da competição. O futebol não ficou de fora. Realizamos, depois de quase 20 anos, o Campeonato Candango, com premiação e apoio total do BRB. Brasília já mostrou que está pronta para sediar qualquer tipo de evento esportivo. Temos muito a oferecer. No esporte, aprendemos a superar limites. E, mais do que apenas fazer, conseguimos transformar vidas. Ofertamos saúde por meio de programas e projetos, mudamos realidades com a inclusão de atletas e paratletas e proporcionamos vivências nunca antes pensadas. Esse é o marco da nossa gestão.
*Colaboração: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Esporte e Lazer
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