Em mais um passo na regularização de terrenos, o Governo do Distrito Federal (GDF) iniciou o processo de concessão de alvarás de funcionamento para estabelecimentos comerciais no bairro Morro da Cruz, em São Sebastião. A iniciativa vai tirar da informalidade dezenas de empresas já em funcionamento e permitir – a esses e aos futuros negócios – garantias concedidas a quem vive na legalidade.
“Ao conseguirmos destravar essas questões e estabelecer uma ordem, a economia volta a crescer”
– Alan Valin, administrador regional de São Sebastião
A viabilidade do processo foi possível após a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) desenvolver um estudo técnico urbanístico da região. As diretrizes que definem as vias, os pontos comerciais e locais de construção dos equipamentos públicos são necessárias para o início do processo de regularização.
“Elas servem também para viabilizar as licenças de funcionamento dos comércios”, explica a secretária executiva de Gestão do Território da Seduh, Janaina Vieira. Todo o trâmite de análise e liberação dos alvarás é conduzido pela Administração Regional de São Sebastião e está em estágio avançado de liberação.
No Morro da Cruz vivem cerca de 25 mil pessoas. A regularização e a estruturação do bairro foi determinada pelo governador Ibaneis Rocha. O documento liberado pela administração reconhecendo o endereço preliminar permite a inspeção de outros órgãos do governo para a concessão do alvará. “Ao conseguirmos destravar essas questões e estabelecer uma ordem, a economia volta a crescer”, observa o administrador regional de São Sebastião, Alan Valin.
Marcelo Melchior, 41 anos, abriu uma loja de materiais de construção em novembro de 2021. Por enquanto, quem o ajuda nos trabalhos é a esposa, Elaine Cristina, 42. Ele entende que a regularização será ótima para o seu negócio, seja na emissão de nota fiscal, seja na contratação de funcionários. “Ganhamos todos: gerando impostos e gerando empregos, já que a regularização nos permitirá contratar funcionários”, prevê Marcelo.
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Mais de 100 empresas são atendidas pelo escritório do contador Lucas Melo Araújo, dez delas instaladas no Morro da Cruz. Ele conta que seus clientes estão apreensivos para a regularização, uma vez que a informalidade restringe ao grupo uma série de vantagens para crescer e prosperar. “Com a licença, eles têm mais segurança para trabalhar e pedir um empréstimo, por exemplo, para investir na expansão do negócio.”
Hédio Ferreira Júnior, da Agência Brasília | Edição: Claudio Fernandes
Fonte: Agência Brasília