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DF terá o primeiro Creas do Brasil destinado exclusivamente a imigrantes

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Servidores da Sedes estão recebendo treinamento para, como enfatiza a secretária Mayara Noronha Rocha, “garantir um atendimento de qualidade, entendendo as especificidades dessa população, que apresenta diversidades culturais, especificidades de documentação” | Fotos Renato Raphael / Sedes

Será inaugurado ainda neste semestre o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) do Distrito Federal destinado exclusivamente ao atendimento de imigrantes. A equipe de trabalho que vai atuar no local iniciou nesta semana a capacitação com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (IMDH). A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) está à frente da implantação da unidade e, para isso, nos próximos dois meses serão realizados vários espaços de trocas de saberes com organizações internacionais e institutos de defesa de direitos.

“A Sedes está atenta a essa questão dos migrantes. Desde 2020, temos percebido a necessidade de construir uma rede de proteção para migrantes, refugiados e apátridas. O DF é a quarta unidade com maior número de pedidos de refúgio. Temos percebido nos últimos anos uma enorme migração de pessoas buscando melhores condições de vida e rede de apoio” disse a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha.

De acordo com o diretor de Serviços Especializados a Famílias e Indivíduos da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), Felipe Areda, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social para Imigrantes, Refugiados e Apatrídas surge da necessidade de aprimorar as ofertas da política de assistência social para essa população. “Além de ser a quarta unidade da Federação com o maior pedido de refúgios, estão cada vez mais frequentes os casos de situação de vulnerabilidade de imigrantes vindos da Venezuela, Afeganistão, Síria, Haiti, Congo, Bangladesh, dentre outros.

Composição da equipe do Creas

O processo seletivo para compor equipe do Creas para imigrantes foi feito entre os próprios servidores da Sedes. “Conseguimos montar uma equipe que atenderá em espanhol, francês, inglês e português. Também pretendemos fazer parcerias para garantir o estudo continuado de línguas estrangeiras pela equipe”, explicou o diretor de Serviços Especializados.

A Sedes iniciará, ainda, uma parceria com a Organização Internacional para Migrações (OIM) e com o Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios (Csem) para realizar uma pesquisa para conhecer como está o atendimento para esse público no DF, quais suas demandas e barreiras de acesso. Essa pesquisa, considerada inovadora, permitirá a qualificação das ofertas do Sistema Único de Assistência Social no DF.

“A ideia é transformar o DF em uma cidade de acolhida com condições técnicas e políticas públicas capazes de garantir proteção a migrantes internacionais e refugiados. Nós percebemos a necessidade de criar um treinamento específico onde pudéssemos realizar o atendimento em várias línguas, já que o idioma é uma barreira de acesso para essa população. Garantir um atendimento de qualidade, entendendo as especificidades dessa população, que apresenta diversidades culturais, especificidades de documentação”, explica a secretária Mayara.

Catarina Lima, da Agência Brasília | Edição: Saulo Moreno

Fonte: Agência Brasília

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