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Além do piso tátil : estudantes do DF se destacam no goalball nas Paralimpíadas

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O esporte é criado exclusivamente para cegos. A rede pública conta com 19 atletas da modalidade

Tainá Morais, Ascom/SEEDF

 

 

O goalball, modalidade desenvolvida exclusivamente para pessoas com deficiência visual disputada em jogos paralímpicos, transcende o status de competição esportiva e emerge como uma poderosa fonte de transformação e inclusão para atletas com deficiência visual. O Centro Olímpico e Paralímpico de São Sebastião, no DF, destaca-se como epicentro dessa modalidade, sendo o único local dedicado a esse esporte na região.

 

O goalball surge como uma eloquente prova de que a deficiência visual não é uma barreira intransponível.

 

 

No universo esportivo, o goalball surge como uma eloquente prova de que a deficiência visual não é uma barreira intransponível. Nas Paralimpíadas Escolares Nacionais, atletas e estudantes da rede pública do DF brilham, não apenas como competidores, mas como símbolos de superação.

 

Dos 19 dedicados atletas de goalball no Centro Olímpico do DF, seis representam o DF nas Paralimpíadas Escolares Nacionais, enquanto outros cinco integram a seleção brasileira adulta e de base de goalball, ao lado de dois membros da comissão técnica.  Os atletas que estiveram nas Paralimpíadas conquistaram oito medalhas de prata. A colaboração a entre o Centro de Referência Paralímpico de Brasília (CRP) e o clube Capital/CETEF impulsiona o treinamento e desenvolvimento dos competidores.

 

Dentro das linhas demarcadas de uma quadra com piso tátil, Kemilly Vitória dos Santos, 15 anos, enfatiza a importância do Centro Olímpico em sua preparação para competições. “O treinamento especializado aqui me permite uma melhor preparação, sendo incrível representar o DF nas Paralimpíadas Escolares Nacionais. O centro é essencial para nossa jornada esportiva, impactando positivamente minha saúde, socialização, amizades e desempenho competitivo. A bolsa que recebo também contribui em casa, além de proporcionar diversão“, diz.

 

 

Desenvolvido exclusivamente para atletas com deficiência visual, o esporte exige destreza, estratégia e um domínio singular da orientação espacial. Similar ao vôlei em tamanho de quadra, mas com nuances próprias, como o silêncio obrigatório durante o jogo, a modalidade esportiva desafia e transcende os deficientes visuais a cada treino e competição.

O goalball oferece interação social, autonomia e melhoria significativa na qualidade de vida para esses atletas 

Carol Lima, técnica

 

 

Carol Lima, técnica apaixonada pelo goalball, destaca a vital importância do esporte, especialmente para jovens com deficiência visual oriundos de escolas públicas. “O goalball oferece interação social, autonomia e melhoria significativa na qualidade de vida para esses atletas”, enfatiza.

 

O Centro de Referência Paralímpico de Brasília, parte do programa do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), desempenha um papel importante, oferecendo suporte abrangente, desde treinamento especializado até acompanhamento médico e psicológico.

 

O goalball se destaca como uma alternativa inclusiva e proporciona uma plataforma para que talentos da rede pública de ensino do DF se destaquem em grande e importantes competições por todo o Brasil. O objetivo simples, porém desafiador, de balançar a rede do adversário com arremessos rasteiros, acaba tornando um campo de oportunidades para quem enxerga além das limitações físicas.

 

 

Fonte: Secretaria de Estado de Educação do DF

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