Investimento é de mais de R$ 10 milhões; escolas ampliam a oferta da educação infantil na região
Adriana Izel, da Agência Brasília | Edição: Vinicius Nader
A região de Ceilândia vai ganhar dois Centros de Educação da Primeira Infância (CEPIs) para atender cerca de 400 crianças de até 5 anos e 11 meses em período integral. As unidades serão construídas em endereços na QNO 18 e na QNP 11. O investimento do Governo do Distrito Federal (GDF) é de mais de R$ 10 milhões.
A oficialização das obras ocorreu na manhã desta sexta-feira (18) com a assinatura das duas ordens de serviço pelo governador Ibaneis Rocha e presença da secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá. Durante a solenidade, o líder do Executivo ressaltou o esforço do governo em levar melhorias para a região administrativa.
“Coloquei como determinação que nós vamos fazer de Ceilândia o melhor lugar do mundo para se viver. Para isso, estamos com muitas obras renovando asfalto, cuidando das calçadas e do nosso povo”, afirmou. “Vamos inaugurar uma creche no Sol Nascente e mais essas duas creches importantes serão abertas aqui, porque temos uma preocupação muito especial com a primeira infância”, definiu.
A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, destacou que os CEPIs chegam para atender a demanda da região, a mais populosa do DF. Hoje, a cidade conta com 11 CEPIs – um deles entregue este ano – e 31 creches conveniadas pagas pelo governo com o Cartão Creche. “Estamos avançando nesta etapa da educação infantil, porque entendemos a necessidade da população”, afirmou.
“São duas creches na área da Expansão do Setor O para atender até 210 crianças [em período integral], cada uma. É o Distrito Federal sempre pensando na população que mais necessita, daquela mãe e daquele pai que precisam trabalhar com tranquilidade deixando a criança assistida”, completou a titular da pasta.
Os projetos dos dois CEPIs seguem o modelo padrão proposto pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) com dois blocos distintos em área térrea. No primeiro bloco ficarão os setores administrativos – como sala dos professores e almoxarifado –, sanitários, fraldários, refeitório, lavanderia, copa, depósitos e uma sala de atividades para creche I, destinada para crianças de 0 a 11 meses.
Já no segundo bloco serão abrigados mais sanitários, playground, pátio coberto, duas salas de atividades de creche II (crianças de 1 ano a 1 ano e 11 meses), duas salas de atividades da creche III (crianças de 2 anos a 3 anos e 11 meses) e quatro salas da pré-escola (crianças de 4 a 5 anos e 11 meses).
A creche da QNO 18 será erguida em um terreno de 4.200 m² no Conjunto B Lote 1. Ao todo, serão 1.541,30 m² de área construída, com investimento de R$ 5.298.272,87. A outra unidade será na Área Especial 21 da QNP 11 em um terreno de 4.200 m², onde serão edificados 1.514 m² de centro de educação. O investimento é de R$ 5.153.131,45.
A execução dos serviços é da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). O presidente da autarquia, Fernando Leite, reforçou que a entidade tem levado essas construções a várias regiões do DF. “Ousaria dizer que essa é uma engenharia social, porque atinge diretamente o povo. São duas creches para um lugar que tem uma demanda gigantesca. Vamos poder atender as crenças com uma estrutura completa com lavanderia, refeitório e acomodação em 1.500 metros quadrados”, explicou.
Unidades semelhantes também serão construídas em Taguatinga, no Paranoá, no Núcleo Bandeirante e na nova região administrativa Água Quente. Desde 2019, o GDF já entregou nove creches em Ceilândia, Lago Norte, Samambaia, Sol Nascente/Pôr do Sol, Planaltina (a primeira na área rural) e Paranoá.
Demanda da comunidade
A dona de casa Daniela Pereira, 34 anos, não vê a hora de a nova creche ser inaugurada. Com uma filha de 1 ano e 5 meses, a pequena Ester, ela está desempregada para cuidar da menina. “Estou desempregada justamente porque não confio em deixar minha filha em qualquer lugar e também não tenho condições financeiras de pagar uma creche particular”, contou. “Então será uma honra poder ter um lugar para deixar minha filha em segurança. Sabendo que ela vai está bem acompanhada e eu vou poder sair sem me preocupar”, complementou.
A diarista Odália Rodrigues da Silva, 52 anos, é moradora da região e contou que o centro de educação infantil era bastante aguardado pela comunidade, principalmente, para as mães. “Tem muitos anos que estamos cobrando para ter uma creche aqui. Tem muitas mães que precisam trabalhar e não têm com quem deixar seus filhos”, lembrou. Avó, ela criou os netos em unidades similares geridas pelo Poder Público. “Conheço bem porque meus dois netos ficaram em creches do governo e é muito bom, muito seguro”, avaliou.
O administrador de Ceilândia, Dilson Almeida, comemorou a extensão do atendimento do ensino infantil na cidade. “Quanto mais creche, melhor. É uma cidade muito carente e as pessoas precisam deixar suas crianças acolhidas. Então, estamos muito satisfeitos”, revelou.