SEEDF é parceira do Programa Nacional de Educação Empreendedora
Ícaro Henrique, Ascom/SEEDF
Ensinar a empreender é dar as ferramentas certas para que as pessoas consigam planejar suas vidas. E a aprendizagem começa na escola. Este é o princípio do Programa de Educação Empreendedora (PNEE), uma idealização do Sebrae Nacional em parceria com as secretarias estudais de Educação de todo o país. No DF, 422 mil estudantes e 12.864 professores da rede pública participaram de ações voltadas para o empreendedorismo por meio de formações, oficinas, mentorias, encontros, fóruns, gincanas, feiras, entre outras ações e eventos promovidos pelo Sebrae.
Para comemorar os 10 anos do programa, o Sebrae promoveu, na tarde desta terça-feira (28), um evento com a presença de educadores, professores e estudantes, além dos músicos MV Bill, Emicida e Criolo, que falaram de como a educação empreendedora mudou suas vidas. A secretária de Educação do Distrito Federal, Hélvia Paranaguá, e a superintendente do Sebrae-DF, Rose Rainha também participaram da celebração, que foi realizada no espaço Porto Vittória, no Lago Sul.
Hélvia Paranaguá destacou a importância da parceria em prol das escolas públicas. “Estou muito feliz porque essa é uma pauta que vou levar sempre no coração. A educação empreendedora é social, movimenta sonhos, faz com que o aluno e seu professor tracem novas perspectivas de vida e, isso certamente será visto num futuro com menos desigualdade social e muito mais rico em desenvolvimento. Por isso, quero agradecer imensamente ao Sebrae pelo privilégio de ter essa parceria porque ninguém faz educação sozinho”, disse.
Desde 2021, a SEEDF tem parceria com o Sebrae/DF. O Termo de Cooperação assinado entre as instituições, válido até 2025, tem por objeto fomentar a educação empreendedora em diferentes etapas e modalidades da educação básica na rede pública de ensino do Distrito Federal, por meio de ações direcionadas a gestores, docentes, profissionais de educação e estudantes.
A superintendente do Sebrae-DF, Rose Rainha, exaltou a participação massiva do Distrito Federal no projeto. “É uma alegria estar aqui comemorando esses 10 anos de educação empreendedora. Hoje temos mais de 400 mil alunos de escolas públicas e privadas passando pelo programa. São números que enchem nosso coração de alegria e essa parceria só seria possível com a participação ativa da Secretaria de Educação”, diz.
A professora Jucimara Botelho, do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 25 de Ceilândia, conta como o PNEE influencia na aprendizagem dos estudantes. “O aluno vem de uma perspectiva de que tudo é muito fácil, tudo vem prontinho pra gente, né?! E, na realidade, ele tem que construir, buscar esse conhecimento, ter um norte a seguir e é isso que o projeto trabalha: o planejamento de como esse aluno deve seguir para ser um empreendedor de sucesso”, explica a professora. O programa vem sendo executado na escola desde o segundo bimestre por meio do projeto jovens empreendedores e, atualmente, atende cerca de 800 alunos do 8º e 9º ano da escola.
Bianca Souza Martins, 15 anos, foi com a turma no evento e exemplificou como o projeto funciona na prática. “A gente precisou montar uma empresa de maçã do amor e pipoca. Arrecadamos dinheiro e investimos na compra de mais material, como luvas e protetor de cabelo, foi bem divertido”, conta a aluna do 9o ano. “O legal é que, depois de ter participado dessas atividades, eu fiquei com mais vontade ainda de montar minha clínica veterinária”, finaliza.
Uma década de sonhos
O PNEE tem o objetivo de acentuar projetos de pessoas inconformadas com suas realidades, desenvolvendo suas competências empreendedoras. Para abordar a temática, o evento contou com a participação de artistas convidados como o cantor e compositor Emicida, que falou sobre sua jornada como estudante e como isso impactou seus projetos, sucesso pessoal e profissional; do cantor Criolo e sua mãe, Dona Vilani, abordando a importância do educador no desenvolvimento intelectual e humano dos estudantes; do rapper MV Bill e da jornalista e presidente da Central Única das Favelas (CUFA), Kalyne Lima, destacando o porquê se dedicam a projetos sociais que fazem a diferença na educação do Brasil, com exemplos práticos e reais.
“É uma gratidão enorme poder fazer parte desse encontro promovido unicamente em prol da educação. Temos histórias parecidas, passagens pela educação semelhantes e somos também a prova de que a educação salva e muda a vida das pessoas. Quero ressaltar que existe um sistema que não faz muita questão de nos ver no pódio, mas podemos mudar isso e a educação é o caminho”, disse Emicida.
Criado em 2013 pelo Sebrae, o Programa Nacional de Educação Empreendedora (PNEE) já alcançou 97% dos municípios brasileiros, com 13,5 milhões de atendimentos a alunos e mais de 1 milhão de professores assistidos, com ações que oferecem formação e capacitação, com ferramentas e metodologias pedagógicas específicas. Depois da aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a Educação Empreendedora ganhou força no ensino brasileiro, uma vez que o desenvolvimento de competências empreendedoras está alinhado às novas diretrizes da Educação no país, sendo conteúdo transversal no documento.