Em um dos projetos, alunos promoveram pesquisas com impressora 3D
Por Bruno Grossi, Ascom/SEEDF
O Plano Piloto, terceira maior Coordenação Regional de Ensino (CRE) da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), realizou nessa sexta (27), a etapa regional do 13º Circuito de Ciências. Foram apresentados 69 estandes com os melhores projetos das feiras de ciências locais. Com mais de 2 mil visitantes, o evento contou também com cerca de 800 expositores, entre colaboradores, alunos e professores orientadores, vindos de todas as 112 escolas e 17 creches da CRE do Plano Piloto.
Também foram convidados estandes com projetos inovadores do Sebrae, Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), Zoológico e Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília. A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, prestigiou o evento e falou durante a cerimônia de abertura.
“Eu estou muito feliz, pois o Circuito de Ciências é um evento muito importante. É quando até os pequeninos começam a ter esse contato com a iniciação científica e se tornam os protagonistas, dentro e fora das salas de aula”, declarou.
As propostas criativas dos alunos este ano trataram do tema “Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais”, e várias delas buscaram atender demandas ambientais da comunidade local. Os projetos vão desde a educação infantil, contando com as creches, até o ensino médio, passando por todas as etapas e modalidades de ensino.
Sandra de Brito, coordenadora da Regional de Ensino do Plano Piloto, elogiou os projetos expostos na etapa regional. “Não há forma melhor de se aprender do que com a pesquisa, com essas descobertas que eles fazem a partir dos próprios experimentos. As escolas que temos aqui hoje estão com trabalhos belíssimos”.
A coordenadora acredita ainda que o Circuito de Ciência estimula a curiosidade e a socialização dos estudantes. “Precisamos estimular essas crianças a saírem um pouco do celular e virem participar e descobrir novos saberes, em um ambiente diferente da sala de aula. Despertar sua curiosidade pelos experimentos, ao mesmo tempo, em que socializam e interagem com os colegas”, ponderou Sandra.
Balonismo e espaço maker
Uma das surpresas no evento foi o enorme balão, trazido pela Regional de Ensino, com os dizeres “Ciência, conhecimento e paz na escola”. “O intuito do projeto de balonismo foi que as crianças pudessem entender como funciona o voo com o balão, e a ciência por trás do mecanismo de ar quente que faz o balão flutuar” explicou Juciele Ortiz, chefe da Unidade de Educação Básica (Unieb) da Regional de Ensino.
Já a professora de ciências do Centro de Ensino Fundamental (CEF) Gan, Edriana Araújo, apresentou junto com os alunos o projeto “Aprendizagem científica e criativa com a metodologia do programa Steam Maker”. O novo programa foi implantado na escola em maio deste ano, e os alunos promoveram diversas pesquisas em um espaço maker com impressora 3D.
“Promovemos um curso para a utilização da impressora, e depois passamos a implementar dentro do espaço maker tudo aquilo que os meninos viam em matemática e ciências em sala de aula. É um espaço onde eles têm liberdade total para criarem e desenvolverem pesquisas”, contou Edriana.
Os alunos levaram a impressora 3D para a etapa regional e demonstraram como ela funciona. Entre os diversos projetos que os alunos fizeram de forma experimental, está um sistema de irrigação automatizado, com sensor de umidade do solo.
A aluna Sofia Lopes, 14 anos, falou como foi desenvolver essa pesquisa. “O irrigador automático vem prevenir o problema do desperdício de água. Aqui em Brasília estamos com mais de 150 dias de seca, e a água é muito importante para o dia a dia de todos. O irrigador permite o uso de água sem excessos, promovendo a economia desse recurso natural do bioma Cerrado”, explicou a jovem cientista.