Para ampliar ao máximo a cobertura vacinal no Distrito Federal, a Secretaria de Saúde levou imunizantes para o Eixão neste domingo (6). A mobilização, realizada em parceria com o Rotary Club, vacinou 33 pessoas contra a influenza e uma criança contra a poliomielite. O objetivo era atrair quem estivesse passeando pela altura da 211 e da 212 Norte para verificar se o calendário vacinal estava completo.
A servidora pública Cláudia Maya, 39 anos, aproveitou o estande da saúde para levar as duas filhas para se vacinarem. A pequena Helena, 4 anos, tomou vacinas contra pólio e influenza; já Isabel, 6 anos, recebeu a da influenza. “Eu estava passeando de bicicleta, já queria verificar se está tudo em dia com elas e vim aqui checar”.
“Para algumas famílias, o horário das unidades básicas de saúde pode ser um empecilho para levar (as crianças), então pensamos em novos locais”
Joana Castro, responsável técnica da Vigilância da Poliomielite do DF
Com essa vacinação, Helena completa as doses de rotina contra a poliomielite, que são: uma dose da injetável aos 2, 4 e 6 meses de idade e duas gotas da vacinação oral aos 15 meses e aos 4 anos de idade. Além dessa faixa, é possível dar doses extras da vacinação oral no período da campanha da gotinha. Neste ano, a campanha no DF foi encerrada em 28 de outubro, com 87.129 doses aplicadas, o que representa 54,36% das crianças de 1 a 5 anos incompletos.
“Quero gotinha na boca das crianças”, afirmou a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. “Minha busca, enquanto responsável sanitária, é dar capilaridade para as 33 regiões administrativas conseguirem ampliar a cobertura vacinal”, completou. A médica ainda defendeu que a vacina tem que ir aonde as pessoas estão e esse foi mais um dos esforços da SES, em parceria com a sociedade civil organizada, para ajudar na busca ativa.
Parceria
A responsável técnica da Vigilância da Poliomielite do DF, Joana Castro, disse que a secretaria tem se movimentado em estratégias de vacinação que sejam atrativas para a população. “Para algumas famílias, o horário das unidades básicas de saúde pode ser um empecilho para levar (as crianças), então pensamos em novos locais”.
Segundo o governador das unidades da Rotary que englobam o DF, parte de Goiás e do Tocantins, Washington Cardoso, o clube está atento para a vacinação e, especialmente, para a erradicação da pólio. “Estamos unidos contra a poliomielite e temos nossa rede para conectar mais as pessoas”, completou.
“Parceiros como a Rotary ajudam a divulgar dentro da própria comunidade e mobilizam”, explica a gerente da Rede de Frio, Tereza Pereira. A especialista ressalta que há uma geração que foi vacinada e está protegida, mas que tem deixado de levar os filhos. “Como profissional da saúde e como mãe, é inaceitável pensar que uma criança pode adoecer por uma doença que é prevenível e são só duas gotas”.
Sem caderneta
A família de Higor Gonçalves, 1 ano e 7 meses, também passeava quando viu o Zé Gotinha e foi conferir a vacinação do pequeno. Eles não estavam com a caderneta de vacinação, mas tinham uma foto salva no celular e apresentaram para a equipe de saúde. “Ele está certinho, tudo em dia. Isso nos tranquiliza um pouco porque a vacina é muito importante”, explicou a mãe, Cláudia Gonçalves.
A enfermeira da área técnica de imunização Fernanda Ledes explicou que as vacinas ficam salvas em um sistema eletrônico e é possível a equipe de saúde checar se a criança foi vacinada ou não. Ela ainda orientou sempre fotografar e salvar as imagens dos dados da caderneta de vacinação no próprio celular, seja em grupo da família, e-mail, na nuvem. “Dessa forma, a pessoa sempre está com a caderneta e em uma ação como essa pode aproveitar até para tirar dúvidas”.
O evento ainda contou com uma roda de música promovida pelo Clube do Choro. Para a criançada, teve pula-pula e atividades lúdicas. O Zé Gotinha andou pelo Eixão chamando as pessoas para se vacinarem.
*Com informações da Secretaria de Saúde