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Espetáculos de dança emocionam público no último dia da programação de reabertura da Sala Martins Pena

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Quatro companhias de dança fecharam com chave de ouro a programação de reabertura da Sala Martins Pena do Teatro Nacional Claudio Santoro, nesta quinta-feira (26). Os espetáculos de dança contemporânea, urbana e brincante, além do tradicional balé, integram o projeto Viva o Teatro, que celebrou a reinauguração do espaço com seis dias de apresentações culturais.

Voltar à Sala Martins Pena é motivo de alegria para a empresária Mônica Barros, que prestigiou todos os dias abertos ao público. “Estava com muita saudade do teatro, contando os dias para a reabertura”, conta. “Vim para assistir o Almir Sarter, que é uma paixão minha, para ver os Melhores do Mundo, que me fizeram rir do início ao final, teve Plebe Rude e hoje foi o dia da dança.”

Um mix de sentimentos também tomou conta da coreógrafa Norma Lillia Biavaty, fundadora de uma das maiores escolas de dança de Brasília. “A dança foi feita para teatro – e não foi feita para qualquer teatro. É muito importante para a cidade que esse teatro esteja aberto. Eu vi inaugurar, vi fechar umas duas ou três vezes e estou vendo reabrir”, pontuou. “Imagino que (os bailarinos) estão com o coração na boca, porque é uma emoção muito grande, é um solo sagrado.”

O grupo Síntese Cia de Dança abriu a programação com o espetáculo Corpo em Serenata. Na sequência, Transições Companhia de Dança e Artes expôs a montagem Na Pegada Popular no Coração do Brasil. A equipe Shamsa Nureen encantou o público com a obra Magia do Oriente, seguida por apresentação do Boi de Seu Teodoro.

Recém-chegado à Brasília, o diretor artístico da Síntese Cia de Dança, Ary Cordeiro, compartilhou que os dançarinos estavam encantados com a oportunidade de dançar em um espaço tão representativo para a cultura brasiliense. “É um elenco muito maduro que já atua no mercado de dança aqui de Brasília há muito tempo. Muitos choraram quando chegaram no camarim e estar aqui é um presente para eles que passaram a vida inteira dançando aqui e, agora, estão retomando logo na abertura”, comentou.

Os espectadores preencheram quase todas as 470 cadeiras da sala – que conta ainda com dez locais específicos para pessoas com deficiência. Entre o público, estava a aposentada Minervina da Silva Neta. “Fui criada aqui em Brasília, mas não conhecia o Teatro Nacional. Então são duas emoções. Minha neta dançando e a inauguração desta sala”, afirmou ela, que sonhava em trabalhar com dança, mas não teve oportunidade. “Gostava muito de dançar, mas foi um sonho que eu não realizei, porque naquela época era muito difícil. Então é como se eu tivesse me apresentando também, me sinto realizada.”

Festa

O projeto Viva o Teatro teve início na última quarta-feira (18), com um concerto da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS) em homenagem aos operários que trabalharam na reforma do espaço. Na sexta (20), a reabertura oficial contou com show da dupla Chitãozinho e Xororó, acompanhada da OSTNCS. Os dois eventos foram exclusivos para convidados.

No sábado (21), o cantor Almir Sater comandou o primeiro show aberto ao público após a reinauguração do teatro. No domingo (22) foi o dia do teatro, com apresentação da montagem infantil Os Saltimbancos, da Agrupação Teatral Amacaca, e com a peça Tela Plana, da Companhia de Comédia Os Melhores do Mundo. Já a segunda-feira (23) contou com uma homenagem ao rock brasiliense, com a banda Plebe Rude. Nas apresentações abertas ao público, os ingressos foram disponibilizados gratuitamente pela plataforma Sympla.

Restauro

A obra de restauração do Teatro Nacional Claudio Santoro pelo Governo do Distrito Federal (GDF) teve início em dezembro de 2022, pela Sala Martins Pena e seu respectivo foyer. A viabilidade da reforma só ocorreu depois que este GDF decidiu fracionar o projeto em quatro etapas.

Com investimento de R$ 70 milhões por meio da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), a primeira etapa consistiu na adequação da infraestrutura para as diretrizes atuais, bem como a recuperação da Sala Martins Pena.

Serão investidos R$ 315 milhões na próxima fase da obra, que teve o edital de licitação divulgado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). O projeto inclui a Sala Villa-Lobos, o Espaço Dercy Gonçalves, a Sala Alberto Nepomuceno e o foyer da Villa-Lobos.

 

Fonte: Agência Brasília

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