Um ex-estagiário da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) atacou o ex-namorado, de 25 anos, com cinco facadas nas dependências da empresa, na Asa Norte, em Brasília, após persegui-lo por cerca de um ano. O crime ocorreu por volta das 12h40 do dia 6 de outubro e é investigado como tentativa de homicídio pela 5ª Delegacia de Polícia (Área Central).
Segundo a vítima, que é estudante da Universidade de Brasília (UnB), o ex-estagiário Enzo Cardoso Vaz Ribeiro, de 22 anos, já havia tentado invadir sua residência na Casa do Estudante, furtado objetos pessoais e enviado mensagens para pessoas próximas questionando a relação delas com o jovem. Uma semana antes do ataque na Embrapa, Enzo chegou a bater à porta da vítima usando um nome falso e portando uma faca.
No dia do crime, Enzo invadiu o laboratório da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e atacou a vítima, que conseguiu se debater e fugir mesmo após as facadas, sendo parcialmente cegada por spray de defesa usado pelo agressor. Durante a ação, o ex-estagiário também perseguiu funcionários da empresa até ser contido por um servidor, que aguardou a chegada da Polícia Militar do DF para prendê-lo. Duas facas foram apreendidas com o autor, uma delas escondida na mochila.
A vítima precisou ser internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Base e passou por cirurgia na mão. O estudante afirma que o crime foi premeditado e que, apesar das medidas judiciais já tomadas, continua traumatizado, com depressão profunda e sequelas físicas.
Três boletins de ocorrência foram registrados contra Enzo por perseguição, stalking, furto, importunação digital e tentativa de invasão, entre outros crimes ainda em investigação. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) ofereceu denúncia por homicídio qualificado e crime tentado. Enzo permanece preso preventivamente no Complexo Penitenciário da Papuda e foi intimado para apresentar sua defesa.
A UnB informou que Enzo responde a processo disciplinar e que medidas de segurança foram reforçadas na Casa do Estudante Universitário, além do acompanhamento oferecido à vítima para garantir sua integridade e bem-estar.
Fonte: Metrópoles


