A mobilidade, a fluidez e a segurança viária de mais de 1,9 mil quilômetros de rodovias distritais pavimentadas e não pavimentadas são garantidas com a atuação diária dos agentes de trânsito do Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Os profissionais costumam agir em ocorrências em pistas de grande fluxo, como EPTG e Epia, que têm média de 100 mil veículos de tráfego por dia cada uma.
O trabalho nas ruas é feito com apoio do Centro de Controle Operacional (CCO), que fica na sede do DER. O local é abastecido 24 horas por dia com imagens de 68 câmeras distribuídas pelas rodovias e vias adjacentes de todo o Distrito Federal. A captação é registrada na central por dez monitores televisivos, nos quais é possível verificar as imagens com zoom que chega a aproximadamente um metro e meio dos veículos.
“No centro, conseguimos fazer a fiscalização do trânsito, verificar situações de acidente ou de algum delito à legislação de trânsito e acionar as equipes da Secretaria de Segurança Pública em casos de ocorrências com vítimas”, afirma o diretor de Fiscalização de Trânsito do DER-DF, Sinomar Ribeiro.
As informações do monitoramento são compartilhadas nos 34 painéis de mensagens variáveis e oito fixos com a missão de alertar os motoristas sobre obras em andamento, acidentes, velocidade da via ou qualquer situação que cause retenção, assim como campanhas educativas de trânsito.
Viaturas
É a partir dessa fiscalização no CCO que os agentes são conduzidos até as ocorrências. “Por isso, a gente luta aqui no DER para garantir que as viaturas estejam em locais estratégicos, para que, se aconteça algum acidente, a gente possa chegar e agir com mais rapidez”, relata Sinomar.
“Precisamos transpor calçadas, meios-fios e buracos. Se for um carro pequeno, não é possível. Além disso, a viatura serve como escudo tanto para os próprios condutores que estão envolvidos em acidentes quanto para a nossa equipe de trânsito. Por isso, uma viatura de grande porte é importante. Com ela, também conseguimos fazer a remoção de veículos”
– Sinomar Ribeiro, diretor de Fiscalização de Trânsito do DER
Esse trabalho ficou ainda mais resguardado com a aquisição de 40 novos veículos para a fiscalização pela Superintendência de Trânsito. Desde 25 de janeiro, 22 viaturas compradas já estão circulando nas operações nas ruas. As demais serão entregues ao longo de 2022. Foram investidos R$ 7,3 milhões nas compras.
Os veículos são do modelo Chevrolet S-10 ,em razão da atuação em pistas consideradas mais perigosas, o que demanda a utilização de bons equipamentos. “Precisamos transpor calçadas, meios-fios e buracos. Se for um carro pequeno, não é possível. Além disso, a viatura serve como escudo tanto para os próprios condutores que estão envolvidos em acidentes quanto para a nossa equipe de trânsito. Por isso, uma viatura de grande porte é importante. Com ela, também conseguimos fazer a remoção de veículos [parados nas pistas]”, explica o diretor de Fiscalização de Trânsito.
“O principal benefício desta viatura é a segurança dos nossos agentes. Elas são mais modernas. São automáticas para proporcionarem maior dirigibilidade”, completa. Os novos veículos contam ainda com material refletivo nas cores preta e amarela para facilitar a visualização e a identificação das viaturas pela sociedade.
Com a chegada da nova frota, os veículos antigos foram descaracterizados e liberados para serem usados por outros setores do departamento. “Essa compra das viaturas visa dar conforto maior para o trabalhador que passa os dias nas ruas operando e fiscalizando o trânsito. O DER tem visado sempre o conforto e bem-estar do servidor público, que tanto merece e tanto trabalha pela nossa cidade”, afirma o diretor-geral do DER, Fauzi Nacfur Junior.
Rotina de trabalho
Diariamente, as equipes do DER atendem, pelo menos, dez ocorrências, que vão desde acidentes a intervenções no trânsito. A reportagem da Agência Brasília acompanhou, recentemente, a atuação dos agentes durante um acidente envolvendo moto e carro, na Epia.
A primeira atitude dos agentes foi colocar a viatura – uma das 22 novas do DER – como escudo, garantindo a segurança dos envolvidos no acidente e permitindo a atuação do Corpo de Bombeiros para atender o motociclista.
Em seguida, os agentes fecharam duas vias e desviaram o deslocamento dos veículos para a pista da direita, evitando a criação de um engarrafamento. Também fizeram a retirada da moto que havia ficado no local, já que o condutor foi levado até um hospital. A atuação completa durou menos de 30 minutos.
Em casos que não envolvam vítimas, o tempo médio de atuação dos agentes é de cinco minutos, necessário para fazer a liberação da via e garantir a mobilidade.
Adriana Izel, da Agência Brasília | Edição: Claudio Fernandes
Fonte: Agência Brasília