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Gameleira de 40 anos é removida após incêndio causado por advogado na Asa Norte

Árvore histórica entre as quadras 704/705 Norte ficou três dias em chamas; autor afirmou ter provocado o fogo para "entreter o filho" e pode pegar até 11 anos de prisão

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Foi concluído nesta segunda-feira (20/10) o trabalho de remoção da gameleira histórica localizada entre as quadras 704 e 705 Norte, no Plano Piloto, em Brasília. A árvore, com mais de 40 anos, havia sido parcialmente destruída por um incêndio criminoso iniciado no domingo (12/10). O responsável, um advogado de 37 anos, confessou que ateou fogo no local “para entreter o filho”, segundo depoimento à Polícia Civil do DF.

Durante três dias, a árvore permaneceu com focos de fogo, o que mobilizou o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). As chamas foram controladas ainda na noite do ocorrido, evitando que o fogo se alastrasse para lojas e imóveis vizinhos. Vídeos feitos por testemunhas mostram duas pessoas ao redor da árvore momentos antes de um clarão se espalhar rapidamente pela base do tronco, o que sugere o uso de material inflamável.

A Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) foi responsável pelo serviço de poda e retirada dos galhos da gameleira. A empresa informou que a madeira será triturada e reaproveitada como composto orgânico em projetos de paisagismo. A remoção das raízes, etapa final do trabalho, está prevista para a próxima semana.

Segundo o delegado Paulo Noritaka, da 2ª Delegacia de Polícia, o autor se apresentou espontaneamente, alegando arrependimento. Em sua versão, o advogado disse ter usado um isqueiro para queimar formigas ao redor da árvore, como forma de distração para o filho, que estaria inquieto. Ele afirmou ter acreditado que o fogo havia sido apagado, mas, ao perceber o agravamento da situação, acionou os bombeiros.

Apesar disso, a Polícia Civil o indiciou por quatro crimes: incêndio, dano qualificado, crime contra o meio ambiente e exposição de vida ou saúde de terceiros a perigo. Somadas, as penas podem chegar a 11 anos de reclusão. O caso segue em investigação.

Fonte:Metropoles

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