Uma das maiores referências do hip-hop nacional, o artista multimídia Rivas abriu, nesta sexta-feira (5), uma exposição na Estação Central do Metrô do Distrito Federal. A mostra tem 41 telas, que ficam penduradas no teto da estação e retratam os quatro elementos da cultura hip-hop – DJ, breaking, rap e grafite -, além de imagens simbólicas da trajetória do artista brasiliense que já tem 40 anos de imersão na cultura hip-hop, como produtor cultural, rapper, artista visual e arte-educador.
Parte do Projeto Rivas Vida Hip-Hop, elaborado por Rivas para marcar os 50 anos do hip-hop no mundo, celebrado em 2023, bem como o decreto que tornou o movimento patrimônio cultural e imaterial do DF, a exposição fica em cartaz até 5 de junho. A reedição da exposição marca o início do mês de aniversário de Brasília.
O projeto também contempla outras frentes, como o Encontro de Bboys e Bgirls do DF e Entorno, que será realizado pela primeira vez em uma estação do Metrô do DF. A programação conta com apresentação de DJs, batalha de breaking, entrega de premiação e workshop de breaking e hip-hop. A primeira etapa será neste sábado (6), das 14h às 18h, na Estação Central.
Haverá ainda uma segunda edição do evento no dia 4 de maio.
Não é a primeira vez que o Metrô-DF aposta no grafite como elemento visual de impacto nas estações, que, além de embelezar os espaços, reforça os laços com a cultura da cidade. No ano passado, o muro externo da Estação Ceilândia Norte se transformou em um paredão cultural de 500 m², que recebeu intervenções de 12 artistas do grafite
Segundo Rivas, que também é vice-presidente a Federação de Breaking do DF, era um sonho antigo trazer o evento para o Metrô-DF, que representa a cultura urbana como nenhum outro local. “O Metrô é a cara do hip-hop. Tem esse fluxo de gente o tempo todo e nossa arte é urbana. As pessoas podem parar para dar aquela desacelerada, olhando arte e dança”, diz.
Produtora cultural e mulher de Rivas, Jane Alves, que também é uma militante da causa hip-hop e tem projetos sociais e educacionais, inclusive em escolas, a possibilidade de ocupação de um espaço como uma estação de Metrô é “uma celebração”. “Tem tudo a ver com a história do hip-hop”, conta.
Ela lembra ainda que o breaking se tornou modalidade olímpica e Rivas formou muitos dançarinos que hoje são destaques internacionais. “Agora, precisamos formar atletas. E essa visibilidade vai atrair mais crianças e jovens para o esporte”, diz Jane.
A parceria com o Metrô-DF é uma iniciativa da Gerência de Projetos Especiais do Metrô-DF, com apoio da Diretoria de Operação e Manutenção da companhia.
Letícia Divina, gerente de Projetos Especiais, diz que o objetivo é fomentar a arte e a cultura do Distrito Federal. “Trazer exposições, espetáculos de dança, campanhas educativas e tantas outras manifestações culturais e artísticas transforma o espaço das estações. Além de mobilidade, podemos deixar o trajeto mais rico de experiências”, diz.
Não é a primeira vez que o Metrô-DF aposta no grafite como elemento visual de impacto nas estações, que, além de embelezar os espaços, reforça os laços com a cultura da cidade. No ano passado, o muro externo da Estação Ceilândia Norte se transformou em um paredão cultural de 500 m², que recebeu intervenções de 12 artistas do grafite.
A Estação Galeria, na Galeria dos Estados, tem um painel em grafite com cerca de 30 m² retratando a relação histórica entre o Brasil e Israel. A instalação é uma doação da embaixada israelense para o Governo do Distrito Federal em comemoração às relações amistosas entre os países.
Serviço
Exposição Rivas Vida Hip-Hop (grafite em telas)
Na Estação Central do Metrô-DF
De 5 de abril a 5 de junho
Encontro de Bboys e Bgirls do DF e Entorno
Na Estação Central do Metrô-DF
Dias: 6 de abril e 4 de maio, das 14h às 18h
*Com informações da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal
Fonte: Agência Brasília