Mais de 40 anos de história se perderam com o incêndio que destruiu uma gameleira localizada entre as quadras 704 e 705 Norte, no Plano Piloto, em Brasília. As chamas começaram na noite do último domingo (12/10) e mobilizaram o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), acionado às 20h04 para conter o fogo.
Ao chegarem ao local, os bombeiros encontraram o tronco da árvore em chamas, com risco de propagação para lojas próximas. A equipe montou linhas de mangueiras e conseguiu controlar o fogo rapidamente, evitando danos maiores. Apenas uma cabine telefônica decorativa, no estilo inglês, foi parcialmente danificada.
Apesar da ação dos bombeiros, o incêndio continuou queimando lentamente o interior da árvore, que permaneceu em chamas por três dias. O tronco foi totalmente consumido, impossibilitando qualquer tentativa de recuperação.
Suspeita de crime
Imagens que circulam nas redes sociais levantam a suspeita de que o incêndio possa ter sido criminoso. Em um dos vídeos, é possível ver pessoas próximas à árvore no momento em que as chamas se espalham rapidamente pelo tronco. Um clarão intenso toma conta da base da gameleira, o que sugere o possível uso de material inflamável.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e o Corpo de Bombeiros investigam o caso para apurar as causas do incêndio. A hipótese de ação criminosa está sendo considerada.
Retirada da árvore
Na quarta-feira (15/10), a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) iniciou o processo de remoção da árvore, devido ao estado avançado de deterioração causado pelas chamas. A previsão é que o trabalho seja concluído até sexta-feira (17/10). Seis caminhões estão sendo utilizados para transportar o material vegetal ao Viveiro II da companhia.
Em nota, a Novacap informou que a remoção foi inevitável: “Não havia possibilidade de recuperação, pois a parte interna da árvore estava totalmente destruída”.
A gameleira era um marco da região, frequentada por moradores, turistas e comerciantes locais. A perda gerou comoção entre os moradores da Asa Norte, que pedem investigação rigorosa e responsabilização caso o incêndio seja confirmado como criminoso.
fonte:Metropoles