O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, autorizou nesta quinta-feira (18/9) a abertura de um inquérito policial pela Polícia Federal (PF) para aprofundar as investigações sobre possíveis crimes na gestão da pandemia de Covid-19. A decisão acolhe um pedido da própria PF e se baseia nos indícios apresentados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.
O ex-presidente Jair Bolsonaro, junto com 23 aliados, entre eles parlamentares do PL, familiares e empresários, será investigado por suspeitas de envolvimento em fraudes relacionadas a contratos públicos. Segundo Dino, a CPI trouxe fortes indícios de irregularidades como fraudes em licitações, superfaturamento, desvio de recursos públicos e contratos com empresas de fachada para prestação de serviços fictícios ou genéricos.
Além de Bolsonaro, estão na lista de investigados o deputado federal Eduardo Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro, as deputadas federais Bia Kicis e Carla Zambelli, o blogueiro Allan dos Santos, o ex-assessor Filipe Martins, e o empresário Luciano Hang, entre outros.
A Polícia Federal pediu prazo inicial de 60 dias para realizar diligências, incluindo a oitiva dos envolvidos e outras medidas necessárias para o andamento das investigações. A abertura do inquérito representa um avanço na apuração dos possíveis crimes contra a administração pública revelados pela CPI da Covid, que apontou uma série de irregularidades na compra e distribuição de insumos e equipamentos durante a pandemia.
A decisão do ministro Flávio Dino reforça o papel do STF no combate a práticas ilícitas envolvendo agentes públicos e privados no contexto da crise sanitária que impactou o país.
Fonte: Metrópoles