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Moradia e dignidade: GDF muda a rotina de famílias no Distrito Federal

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Após mais de 20 anos vivendo em condições precárias, a aposentada Helena Leandro, de 75 anos, finalmente conheceu a sensação de segurança dentro de sua própria casa. Desde que deixou a Bahia em 2002, ela e a família viviam em um barraco de madeira no Distrito Federal, improvisado e vulnerável, com três quartos, sala, cozinha e um único banheiro. As paredes frágeis e a falta de estrutura exigiam vigilância constante, transformando o dia a dia em uma rotina de cuidados e insegurança.

A mudança veio em 2022, quando o programa Melhorias Habitacionais, da Companhia de Desenvolvimento Habitacional (Codhab), reconstruiu sua moradia, transformando o antigo barraco em uma residência sólida, segura e adaptada às necessidades da família. Voltado a lares com risco estrutural ou insalubridade, o programa já beneficiou mais de 860 pessoas desde 2019, com 216 reformas e reconstruções, totalizando investimentos superiores a 8 milhões.

“Eu sempre cuidei do que tinha, mas nunca me senti segura. Antes, precisava que alguém estivesse comigo o tempo todo”, conta Helena. “Agora posso sair e voltar tranquila. É uma grande diferença. Esse programa é maravilhoso para quem não tem como construir sozinho.”

O presidente da Codhab, Marcelo Fagundes, afirma que o impacto do programa vai muito além das casas. “Estamos devolvendo dignidade e transformando vidas. Muitas famílias viviam em situações extremamente difíceis, sem acesso ao mínimo de conforto e segurança”, explica. “A determinação do governador é zerar a fila da vulnerabilidade, e estamos avançando para isso.”

Neste ano, os valores das intervenções foram ampliados: reformas passaram de 35 mil para 50 mil e reconstruções de 75 mil para 100 mil, sempre avaliadas individualmente. O arquiteto da Codhab, Leandro Fernandes, detalha. “Cada projeto é feito junto com os moradores. Conversamos sobre a rotina da família e ajustamos o layout da casa para que seja funcional e confortável.”

A assistente social Marilurde Lago acompanha de perto as visitas e lembra os cenários de extrema vulnerabilidade encontrados antes das obras. “Algumas famílias não tinham banheiro, pessoas com deficiência viviam sem acessibilidade, e muitos improvisavam banheiros com baldes ou sacolas. Ver o sorriso de alguém ao entrar na casa nova é indescritível”, relata.

Além das reformas e reconstruções, o GDF atua em situações emergenciais. Em junho, 198 famílias que perderam tudo em um incêndio na Ocupação da Quadra 406 do Recanto das Emas, a chamada Favelinha e moradores da comunidade Bananal, na Fercal, receberam lotes e os primeiros cartões do programa Material de Construção, que concede 15 mil para aquisição de materiais.

Outra política reforçada em 2024 é o Cheque Moradia, destinado a reduzir a entrada no financiamento de imóveis. O valor passou para 16.079,27, acompanhando o Índice Nacional da Construção Civil.

O programa Morar Bem também segue em expansão. Desde 2019, foram entregues 11.335 apartamentos, beneficiando mais de 36 mil pessoas. O Itapoã concentra a maior parte das unidades (6.912), seguido de São Sebastião (1.962) e Sol Nascente (1.008), com entregas também no Recanto das Emas, Riacho Fundo II, Samambaia e Sobradinho.

“Meu sonho sempre foi ter uma casa segura e confortável. Agora eu tenho. É outro jeito de viver”, celebra Helena. Para ela, a transformação vai além das paredes e do telhado: significa liberdade e tranquilidade para a família, algo que parecia impossível após tantos anos de insegurança.

O programa Melhorias Habitacionais segue ativo em todo o Distrito Federal, oferecendo suporte a famílias em situação de vulnerabilidade, garantindo que moradia digna não seja apenas um sonho, mas uma realidade concreta.

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