A Emater-DF promoveu uma oficina sobre os cuidados na colheita e pós-colheita do café. O evento foi voltado para produtores que já trabalham ou têm interesse em iniciar a cultura — especialmente os cafés especiais, um mercado promissor no Distrito Federal. A atividade reuniu cerca de 30 participantes. Atualmente, o Distrito Federal possui 169 produtores do grão, com cerca de 400 hectares de área plantada. A produção total de 2023 atingiu pouco mais de 1,7 mil toneladas.
De acordo com o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, a empresa tem se dedicado a apoiar os cafeicultores neste bom momento. “Estão surgindo muitas cafeterias especiais no Distrito Federal, e temos trabalhado para que a cadeia produtiva dê um salto”, afirma. O dirigente acrescenta que um dos focos da estatal é o incentivo à agroindústria. “É um incremento que aumenta a renda do produtor e sua família, desenvolve o campo e consolida a atividade rural como uma das mais fortes na economia do DF”.
“Estão surgindo muitas cafeterias especiais no Distrito Federal e temos trabalhado para que a cadeia produtiva dê um salto”
Cleison Duval, presidente da Emater-DF
A oficina, realizada nesta quarta-feira (10), foi ministrada pela extensionista Joseane Lima, do escritório da Emater-DF em Sobradinho. “Ao começar a produção de um café especial, o agricultor deve estar atento ao manejo na colheita e na pós-colheita. Cuidados como planejamento do processo, secagem correta, torrefação, beneficiamento e armazenamento são fundamentais para o sucesso da atividade”, detalha.
A presidente da Associação dos Empreendedores de Café do Lago Oeste (Elo Rural), Lívia Tèobalddo, enxerga grandes possibilidades de êxito para os produtores locais. “Nossa intenção é colocar o Distrito Federal no mapa mundial dos cafés especiais”, afirma. A associação foi fundada em janeiro deste ano e já conta com 26 membros. “Há pouco mais de um ano, queríamos produzir o grão, mas tínhamos poucas informações. Começamos a pesquisar e encontramos alguns parceiros — entre eles, a Emater-DF, que nos recebeu muito bem”, relata.
Com a consolidação do grupo, Lívia diz que os associados compraram 30 mil mudas. “Queremos produzir com excelência, do plantio à xícara. A Emater é a casa do produtor, e queremos um cômodo lá”, brinca.
A gerente do escritório de Sobradinho, Clarissa Campos, reforça a fala da presidente da Elo Rural: “Nós existimos por conta dos produtores, estamos sempre prontos a receber. E apoiamos especialmente a associação, pois sabemos que o produtor atuando em grupo é muito mais forte, os resultados são melhores”.
Diagnóstico
Cleison Duval aproveitou a ocasião para anunciar uma parceria importante com a Embrapa Café: “Estamos firmando um convênio para realizar um diagnóstico completo da cadeia produtiva cafeeira local. Esse trabalho vai identificar o perfil social e econômico dos produtores, os principais desafios do mercado consumidor. Assim, teremos condições de preparar nossos extensionistas para atender aos empreendedores da maneira mais adequada”.
*Com informações da Emater-DF
Fonte: Agência Brasília