29 C
Distrito Federal

Parque Ecológico do Riacho Fundo inicia recomposição do Cerrado

Mais Lidas

Na última quarta-feira (12), o Parque Ecológico do Riacho Fundo deu mais um passo importante em sua revitalização. Uma área de 34 hectares, antes degradada, começou a receber capins, arbustos e árvores típicas do Cerrado, em um esforço coordenado pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram), utilizando recursos de compensação ambiental.

Nos últimos dois anos, a equipe do Ibram trabalhou intensamente para preparar o terreno: retirou espécies exóticas, realizou aragem e gradagem e construiu curvas de nível que ajudam a evitar erosão. O objetivo é recompor a vegetação, atrair novamente a fauna local e proteger as nascentes que abastecem a região.

“É fundamental recuperar áreas impactadas para que possamos continuar desenvolvendo projetos de forma responsável e sustentável”, afirmou Rôney Nemer, presidente do Ibram.

O projeto contou também com a participação de moradores e técnicos da Tikré Brasil Soluções Ambientais. Para a microempresária Nadja Rodrigues, visitar o parque reforçou a importância da preservação ambiental. “Nunca tinha visitado essa parte do Riacho Fundo II. É impressionante ver como o parque contribui para nossa qualidade de vida e para a sustentabilidade local”, destacou.

O plantio de espécies nativas contribui para a prevenção de incêndios, problema recorrente devido à proximidade de áreas urbanas. “Nos últimos anos, o fogo se espalhava facilmente pelo parque. Com o novo plantio, reduzimos o risco de queimadas e protegemos a fauna e flora locais”, explicou Célio Henrique, brigadista do Ibram. Alisson Araújo, chefe da brigada, complementou: “Estamos em uma área que abriga nascentes importantes. A restauração da vegetação protege esses recursos hídricos e favorece a volta da biodiversidade.”

O parque e sua relevância

Com cerca de 463 hectares, o Parque Ecológico do Riacho Fundo é um refúgio do Cerrado entre os bairros Riacho Fundo e Riacho Fundo II. Além de veredas e campos de murundus, abriga espécies raras como a Lobelia brasiliensis, exclusiva do Distrito Federal, e a nascente do córrego Riacho Fundo, essencial para a conservação da região.

O parque mantém ainda iniciativas educativas e comunitárias, como o Parque Educador, voltado a alunos da rede pública, o viveiro de mudas nativas, hortas de plantas alimentícias não convencionais (Panc) e projetos agroflorestais, que incentivam o contato da comunidade com o Cerrado e reforçam a preservação ambiental.

Nos siga no Google Notícias

Comentários

Veja também

Últimas Notícias