A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (7/10), uma operação para desarticular uma associação criminosa especializada em assaltos a residências e estabelecimentos comerciais. O grupo, composto por cinco integrantes, utilizava camisetas com o logotipo da corporação para simular falsas operações policiais e enganar as vítimas.
A investigação foi conduzida pelas 26ª DP (Samambaia Norte) e 32ª DP (Samambaia Sul), após dois assaltos seguidos ocorridos no dia 9 de setembro deste ano, em Samambaia. Nos dois casos, os criminosos chegaram vestindo camisetas da Polícia Civil e se apresentaram como agentes. Convencidas de que se tratava de uma abordagem oficial, as vítimas abriram os portões e foram rendidas sob ameaça de armas de fogo.
Durante os roubos, os falsos policiais recolheram objetos de valor e trancaram as famílias em cômodos da casa antes de fugir.
Conhecidos no sistema prisional
As investigações apontaram que os membros da quadrilha se conheceram no sistema prisional. Três deles estavam em regime semiaberto e deveriam estar trabalhando no momento dos crimes. Outro cumpria pena em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica. O quinto integrante foi preso em flagrante dias depois, durante um assalto a um comércio em Samambaia, onde roubou uma caminhonete Toyota Hilux — posteriormente recuperada.
Com base nas provas reunidas, a Justiça expediu cinco mandados de prisão preventiva e seis de busca e apreensão domiciliar, todos cumpridos nesta terça-feira.
Os suspeitos vão responder por roubo majorado e associação criminosa armada, cujas penas podem chegar a 20 anos de prisão.
Alerta à população
O uso indevido de camisetas da Polícia Civil chamou a atenção dos investigadores. A corporação alerta a população para que redobre a atenção em abordagens suspeitas feitas por pessoas que se dizem autoridades, especialmente em residências.
Apesar do sucesso da operação, um dos integrantes — identificado como João Pedro — segue foragido. A PCDF pede a colaboração da sociedade com informações que possam levar à sua captura e reforça que o grupo pode estar ligado a outros crimes no Distrito Federal.
Fonte:Metropoles