Representantes de associações e cooperativas de agricultores familiares do Distrito Federal assinaram, na manhã desta quinta-feira (2), o Termo Bipartite, um dos instrumentos exigidos pelo Manual de Operações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para compor o Programa Alimenta Brasil (PAB), na modalidade Compra com Doação Simultânea.
Neste edital, 15 propostas de associações e cooperativas do DF vão atingir 375 produtores e produtoras da agricultura familiar. O montante previsto no edital chega a R$ 2,76 milhões, que serão usados para adquirir 721,7 mil kg de alimentos. O objetivo é alimentar 40 mil pessoas atendidas por instituições socioassistenciais do DF, por meio do Banco de Alimentos da Ceasa e do Mesa Brasil do Sesc.
As organizações têm apoio dos escritórios locais da Emater-DF para elaboração das propostas, que visa levar renda e desenvolvimento econômico para o campo, bem como contribuir para a segurança alimentar e nutricional do público atendido.
Participaram da reunião para a assinatura dos Termos Bipartite, o secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri), Candido Teles; a diretora executiva da Emater-DF, Loiselene Trindade; o vice-presidente da Ceasa-DF, Petronah de Castro; a coordenadora do Mesa Brasil Sesc, Cláudia Vilhena; o superintende Regional do DF e Entorno da Conab, Rafael Bueno, e representantes de associações e cooperativas de produtores rurais do DF.
De acordo com Loiselene Trindade, os programas que envolvem compras governamentais recebem uma atenção especial da Emater e são resultado de um trabalho integrado da gerência de comercialização da empresa juntamente com a Seagri, Conab, Ceasa e Mesa Brasil, grandes fomentadores do PAB.
“A compra realizada pela Conab só fortalece o cooperativismo, que une os agricultores e os mantém trabalhando. Além disso, permite ao produtor trabalhar na qualidade e no preço do seu produto. Destaco ainda as instituições socioassistenciais, que recebem esses alimentos cultivados pelos produtores locais, também grandes beneficiárias do programa”, afirmou.
“O governador tem um compromisso com o campo. Quem está na cidade precisa comer a produção de quem produz alimento. Ninguém faz nada sozinho”Candido Teles, secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural
Parceria
O secretário Candido Teles destacou que a parceria entre o GDF e o governo federal resulta na felicidade do homem do campo. “Em 2020, o GDF alocou R$ 2 milhões para a compra direta de cestas verdes da agricultura familiar. Este ano chegamos a quase R$ 3 milhões. Em 2022, chegaremos a R$5 milhões”, declarou o secretário.
“O governador tem um compromisso com o campo. Quem está na cidade precisa comer a produção de quem produz alimento. Ninguém faz nada sozinho. Quando unimos sonhos e ideais, alcançamos os resultados. O que queremos é transformar o campo”, concluiu Candido Teles.
O representante da Cooperativa da Agricultura Familiar do Assentamento Chapadinha (Cooperaf Chapadinha), Francisco Miguel de Lucena, ressaltou que “o programa permite a sobrevivência e valoriza a vida com dignidade dos agricultores que produzem para a sua subsistência, para o mercado e para as pessoas que mais precisam de alimentos, por meio das políticas públicas.”
A Cooperaf é uma das 15 instituições que assinaram o termo bipartite e é composta por 78 agricultores e agricultoras do Assentamento Chapadinha, no Lago Oeste. Desse total de agricultores, as mulheres formam a maioria dos cooperados, que se dedicam ao cultivo de hortaliças, frutas e morango orgânico.
Programa Alimenta Brasil
O PAB substituiu o Programa de Aquisição de Alimentos e é também uma ação do governo federal executada em parceria com as unidades da Federação com duas finalidades básicas: promover o acesso à alimentação e incentivar a agricultura familiar. Para o alcance desses objetivos, o programa compra alimentos de produtores familiares, com dispensa de licitação.
Há dois públicos beneficiários: os fornecedores e os consumidores de alimentos. Os primeiros são agricultores familiares, assentados da reforma agrária, silvicultores, extrativistas, pescadores artesanais, indígenas, integrantes de comunidades remanescentes de quilombos rurais e demais povos e comunidades tradicionais.
Na segunda categoria enquadram-se indivíduos em situação de insegurança alimentar e nutricional e aqueles atendidos pela rede socioassistencial.
*Com informações da Emater-DF
Fonte: Agência Brasília