Entrou em vigor na manhã desta segunda-feira (1º/8), a lei que determina o fim da distribuição e venda de sacolas plásticas em estabelecimentos comerciais do Distrito Federal. O primeiro dia de proibição pegou diversos clientes de surpresa que não sabiam sobre o fim do item. Apesar da restrição, os comerciantes só poderão ser penalizados a partir de 1º de março de 2023. Sindicatos pediram tempo para adaptação.
Na Candangolândia, estabelecimentos como supermercados, farmácias e padarias, já iniciaram os ajustes. É o caso da Padaria Candanga. Na manhã desta segunda, os clientes que realizaram compras no estabelecimento já não conseguiram mais transportar as mercadorias nas sacolinhas descartáveis.
“Muitas pessoas estão sem entender. Não sabiam sobre a nova regra. Colocamos o aviso na entrada da padaria para que todos já comecem a adaptar-se. Nós também estamos indicando para que os nossos clientes tragam as sacolas de material biodegradável para carregar as compras”, disse uma funcionária do estabelecimento.
A proibição de sacolas com matérias que agridem o meio ambiente está prevista na Lei Distrital n° 6.864, de 2021, sancionada pelo governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), em 21 de junho do ano passado. O prazo foi estendido neste fim de semana. O próprio autor da proposta pediu o adiamento das penalidades.
No Santa Rosa Supermercado, as sacolas ainda estão disponíveis. “Nós havíamos feito um pedido de 7 mil sacolinhas antes da proibição. Ainda temos em estoque e estamos disponibilizando para os clientes. Assim que acabarem, não vamos mais comprar. Já providenciamos as sacolas reutilizáveis para a venda”, comentou a operadora de caixa do comércio Agda Rayane de Sousa.
A Farmácia Comunitária não fornece mais o item. A aceitação por parte dos clientes foi natural, segundo a funcionária Liliane Rocha.
“Estamos recebendo poucas reclamações. A maioria está entendendo a medida e as nossas adaptações. Como nas farmácias muitas pessoas já compram um remédio e tomam ou colocam direto na bolsa, acho que não teremos tantos problemas”, pontuou.
Os sindicatos concordaram que a lei é importante para a preservação do meio ambiente, mas argumentaram que necessitam de mais tempo para se adaptarem à nova realidade. Pontuaram também que precisam utilizar as sacolas que ainda se encontram em estoque.
No Brasil, em 2011, Belo Horizonte foi a primeira cidade no país a proibir a distribuição de sacolas plásticas em supermercados. De lá para cá, cresce em todo o Brasil o movimento pelas cidades brasileiras.