Os 11 candidatos ao Governo do Distrito Federal dedicaram parte de seus planos de governo a propostas para a Saúde. O R7 selecionou alguns tópicos e trechos das promessas dos concorrentes ao Palácio do Buriti sobre o tema.
O plano de governo é um documento oficial que serve para orientar o eleitorado na escolha do melhor candidato. Diretor do Instituto Luiz Gama, o especialista em direito eleitoral Camilo Onoda Caldas destaca que cabe ao cidadão cobrar o cumprimento das propostas.
“Ele [o documento] é útil tanto pelo que o candidato coloca no plano quanto pelo que deixa de colocar. Quando o governo não trata de uma questão fundamental, mostra que não tem a preocupação de se comprometer com aquela causa”, lembra o especialista.
Confira algumas das propostas de cada um dos 11 candidatos ao governo distrital:
Coronel Moreno (PTB)
O plano do candidato não consta em seu perfil na página de divulgação de candidaturas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Procurada para que enviasse o programa, a assessoria do Coronel Moreno não respondeu à reportagem até a última atualização desta publicação.
Ibaneis Rocha (MDB)
– Reduzir filas de espera e tempo para atendimentos ou diagnósticos especializados e evitar os deslocamentos desnecessários de pacientes e profissionais de saúde;
– Reforçar a adoção de uma gestão inteligente, colegiada e compartilhada, através de implantação de tecnologias da informação para coordenar ações importantes e determinantes em saúde, subsidiando o processo de tomada de decisões estratégicas;
– Inserir psicólogo, educador físico, fisioterapeuta e nutricionista no Programa de Saúde da Família;
– Facilitar o acesso do usuário ou atenção primária de saúde (porta de entrada) e ampliar as equipes de estratégias da família, principalmente, os Agentes Comunitários de Saúde, com a finalidade de intensificar a territorialização da assistência indo ao encontro do paciente em seu domicílio (busca ativa).
Izalci Lucas (PSDB)
– Cadastro digital único e geral para todas as redes de atenção da saúde no Sistema Único de Saúde (SUS) do DF;
– Redução das áreas geográficas dos Territórios de Saúde da Família e ampliação das equipes de Saúde da Família, Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e da frequência de visitação familiar.
Keka Bagno (PSOL)
– Erradicar o Iges-DF [Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal] e remanejar os investimentos para o exímio funcionamento público dos serviços da saúde;
– Aporte de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) nas equipes de Saúde da Família, assim como de médicos que completem as equipes que podem ser viabilizadas pela última grande chamada de enfermeiros;
– Ampliar a rede de apoio psicossocial, dobrando a quantidade de Centros de Atenção Psicossocial (CAP’s) em todo o Distrito Federal. Com a meta de CAPS álcool e drogas em todas as Regiões Administrativas;
– Formação profissional em saúde para o atendimento de mulheres trans, travestis e homens trans em processo de transição para terem suas necessidades específicas atendidas sem transfobias.
Leandro Grass (PV)
– Saúde Perto de Casa: assegurar para 100% da população atendimento médico perto de casa, em clínicas da família, em todas as cidades e na zona rural;
– Desenvolver o Alô Saúde, sistema de atendimento básico virtual, acessível por celular a qualquer hora;
– Promoção da saúde humana, como ambientes urbanos de qualidade, redução da incidência de doenças cardiorrespiratórias advindas de emissões poluidoras, áreas verdes como sumidouros de carbono, captura de poluentes atmosféricos, tampão de ruídos e arborização para promoção de microclima mais agradável e como soluções para o manejo de águas pluviais, evitando alagamentos urbanos.
Leila (PDT)
– Estruturação e recompletamento das equipes de saúde da família para que atinjam, pelo menos, 80% da população;
– Estruturar, consolidar e ampliar o uso da Sala de Situação da Secretaria de Saúde do DF, para mostrar quesitos qualitativos como tempo de espera e filas de cirurgias, transformando-as em instrumento de transparência para o cidadão e de gestão para os níveis decisórios;
– Hospital do Guará (Regional Centro-Sul); A estrutura física do Hospital Regional do Guará está esgotada. A Região de Águas Claras não possui hospital público e é atendida por parceria com hospital privado ou pelo HRT, o que demonstra a necessidade da construção de uma unidade que apoie a região;
– Informatização da rede de prontuários, estoques e contatos com os pacientes e marcação de consultas; Sistemas informatizados facilitam a gestão, promovem a transparência e reforçam o controle da utilização de materiais e patrimônio e a alocação de pessoal.
Lucas Salles (Democracia Cristã)
– Extinção do Iges-DF e fortalecimento da Secretaria de Saúde; contratação temporária de profissionais da medicina, enfermagem e técnicos; paulatinamente realizar concurso público para preencher as vagas;
– Aumento salarial para os servidores da Saúde;
– Realizar estudo para transformar o Centrad num complexo hospitalar;
– Implantação do Hospital do Idoso.
Paulo Octávio (PSD)
– Reforçar a Atenção Primaria de Saúde. Melhorar a porta de entrada do usuário no sistema;
– Construir os hospitais de São Sebastião e Recanto das Emas e ampliar o número de policlínicas do DF;
– Implantar a telemedicina, de forma efetiva, no ciclo completo de atenção ao paciente, incluindo a medicina baseada em evidências. Implementar o aplicativo “Saúde DF”, para que o paciente possa acompanhar sua posição na fila de espera para consultas, exames e cirurgias, dentro da sua classificação de risco;
– Realizar mutirões de cirurgias, organizados por patologias, para atender à demanda reprimida. Gerir a capacidade ociosa, tanto da rede pública como da privada, nos contraturnos, finais de semanas e feriados, a fim de assegurar o atendimento ao usuário.
Renan Arruda (PCO)
– Mais verbas para a Saúde e Educação e demais serviços essenciais;
– Colocar a riqueza do petróleo a serviço das necessidades do povo brasileiro, destinando-a à saúde e educação públicas, construção de moradias populares, obras de infraestrutura e etc.
Robson Silva (PSTU)
– Fim imediato do Iges-DF;
– Fortalecer e ampliar o número de equipes de saúde da família para garantir cobertura de 100% da população do DF;
– Investir em uma rede de saúde única e integrada, com ambulância e transporte gratuito, garantindo que os pacientes, se necessário, sejam redistribuídos, atendidos e tenham seus problemas resolvidos;
– Estatização, sem indenização de todos os hospitais privados e empresas privadas de saúde envolvidas em esquemas de corrupção ou com contratos superfaturados.
Téo (PCB)
– Fortalecimento do SUS e valorização da saúde pública, comunitária e da família, com funcionamento 24h de toda a rede de saúde;
– Concursos públicos para todas as áreas de saúde, com valorização de todas as carreiras;
– Investimento em equipamentos modernos para o SUS;
– Criação de uma rede pública de farmácias populares.