A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape), seguindo o calendário de vacinação do DF, começou a aplicar, no dia 3 de janeiro, a dose de reforço da vacina Janssen em mais de 13 mil reeducandos do DF. Desse total, aproximadamente 6 mil jovens já receberam o reforço e nos próximos dias os outros custodiados serão imunizados.
“Ao cuidar da saúde dessa população estamos cuidando da saúde de toda a sociedade. São pessoas que em algum momento retornarão ao convívio em sociedade, sem contar que várias saem de tempos em tempos em saídas temporárias por determinação judicial e retornam ao presídio”Layane Lisboa, gerente de Saúde da Seape
A ação será realizada em todas as unidades prisionais do DF com o objetivo de intensificar as medidas de biossegurança adotadas pela Seape desde o início da pandemia de covid-19. Tal posicionamento reafirma o compromisso da pasta com a segurança dos servidores, as pessoas privadas de liberdade e os prestadores de serviços do sistema prisional local.
“Ao cuidar da saúde dessa população estamos, sim, cuidando da saúde de toda a sociedade. São pessoas que em algum momento retornarão ao convívio em sociedade. Sem contar que vários sentenciados saem de tempos em tempos em saídas temporárias por determinação judicial e retornam ao presídio”, explica a gerente de Saúde da Seape, Layane Lisboa.
“A força-tarefa montada em parceria com a Secretaria de Saúde do DF é resultado do trabalho incansável na prevenção da disseminação da covid em nossas unidades prisionais. Somos referência nacional nesse quesito e seguimos firmes com a manutenção dos bons resultados alcançados até aqui”, enfatizou o Secretário de Administração Penitenciária do DF, delegado Wenderson Teles.
Atendimento prisional
De acordo com a gerente de Saúde no Sistema Prisional da Secretaria de Saúde, Simone Kathia de Souza, todos os homens e mulheres encaminhados para uma das unidades prisionais do DF passam por triagem médica, que inclui a atualização da carteira de vacinação, consulta médica e testes para doenças como sífilis e hepatites. “O ambiente confinado favorece o surgimento de doenças infectocontagiosas e de outros agravos”, afirma ela.
Hoje, a Secretaria de Saúde tem 148 profissionais para atuação específica nas unidades prisionais, entre médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, dentistas e outras especialidades. Ao todo, são nove Unidades Básicas de Saúde Prisional (UBSP) em funcionamento na Penitenciária Feminina do DF, Penitenciária Federal em Brasília, Penitenciária do Distrito Federal I e II, Centro de Detenção Provisória I e II, Centro de Internação e Reeducação, Centro de Progressão Penitenciária e Divisão de Controle e Custódia de Presos, além da Ala de Tratamento Psiquiátrico.
No DF, há também 19 leitos em alas de segurança adaptadas exclusivamente para os privados de liberdade do DF. Esses leitos ficam no Hospital de Base, no Hospital da Região Leste (Paranoá) e no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). O trabalho nesses setores ocorre em coordenação com as forças de segurança do Distrito Federal.
A maioria do público privado de liberdade está recebendo o reforço do imunizante da marca Janssen. Contudo, há também aqueles que iniciaram o ciclo vacinal com outros imunizantes e, por isso, recebem o reforço da Pfizer-BioNTech.
*Com informações da Seape e da Secretaria de Saúde
Fonte: Agência Brasília