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Distrito Federal

“Tarado do banheiro” com histórico de crimes sexuais é preso na Asa Norte

Jonathan Alves Ramos, de 32 anos, acumula denúncias por assédio e filmagens clandestinas desde 2019. Prisão preventiva foi decretada para evitar reincidência.

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Preso em flagrante no último fim de semana, após ser pego filmando mulheres dentro do banheiro feminino de um bar na 403 Norte, Jonathan Alves Ramos, de 32 anos, é acusado de diversos crimes sexuais cometidos ao longo dos últimos anos. Conhecido como o “tarado do banheiro”, o homem possui um extenso histórico de assédio, importunação sexual e filmagens clandestinas em banheiros públicos — incluindo igrejas, cursinhos, cartórios e até a Universidade de Brasília (UnB).

Jonathan teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva após audiência de custódia realizada nesta segunda-feira (22/9). A medida foi tomada, segundo a Polícia Civil do DF, para “resguardar a ordem pública e evitar a reiteração criminosa”, como explicou o delegado Sérgio Bautzer, da 5ª Delegacia de Polícia.

O caso mais emblemático da ficha de Jonathan ocorreu em maio de 2022, no Campus Darcy Ribeiro da UnB, quando o então estudante foi flagrado filmando uma aluna de 22 anos dentro do banheiro feminino da universidade. O episódio causou revolta na comunidade acadêmica e ganhou grande repercussão à época

Trajetória criminosa

Abaixo, parte do histórico de ocorrências envolvendo o suspeito:

  • Março de 2022: flagrado por duas mulheres em um cursinho da Asa Norte após invadir o banheiro feminino;

  • Novembro de 2021: denunciado em uma igreja evangélica da Asa Norte por filmar mulheres no banheiro;

  • Julho de 2021: estava em liberdade provisória após ser acusado de importunação sexual em um cartório do Plano Piloto;

  • 2020: preso duas vezes por atos semelhantes em banheiros de um centro clínico e de um bar no Sudoeste;

  • 2019: detido por ato obsceno em local público.

Em outro episódio, também em 2022, Jonathan foi surpreendido se masturbando no banheiro feminino de um bar na Asa Norte. Na ocasião, tentou fugir e chegou a correr por mais de um quilômetro antes de ser contido por seguranças do local.

Vítimas e investigação

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) indiciou Jonathan pelo crime de gravar mulheres sem autorização em ambiente íntimo, caracterizando violação de direitos e invasão de privacidade.

Durante as oitivas recentes, a polícia ouviu testemunhas, a vítima, um policial militar e o namorado da jovem que acionou a PM no último sábado. O acusado, por sua vez, ficou em silêncio, exercendo o direito constitucional de não se autoincriminar.

Com o histórico de reincidência, as autoridades agora investigam se há outras vítimas e possíveis crimes ainda não denunciados.

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