Uma parceria assinada com o Governo Federal vai turbinar o programa Alevinar, de produção e manejo de tilápias, criado pela Secretaria da Agricultura (Seagri-DF). Exemplo para o Brasil com seus 583 mil alevinos produzidos na capital desde 2019 e cerca de 350 produtores cadastrados, o Alevinar agora receberá mulheres do curso Agricultura da Vida, do Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, aumentando o seu alcance. E proporcionando alternativas de renda no campo.
“O Alevinar serve como modelo para o resto do país. Ele tem tido sucesso em manter o homem no campo e dar viabilidade econômica para as famílias”, pontua
Candido Teles, secretário de Agricultura
O termo de compromisso foi assinado nesta quinta-feira (27) pelo secretário de Agricultura, Candido Teles; a ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Cristianne Brito, e pela secretária nacional de Aquicultura e Pesca, Andréia Ribas, na Granja Modelo do Ipê, no Park Way. O objetivo é profissionalizar cada vez mais a piscicultura tanto para para fortalecer a alimentação como uma fonte de renda para pequenos e médios produtores.
“O Alevinar serve como modelo para o resto do país. Ele tem tido sucesso em manter o homem no campo e dar viabilidade econômica para as famílias. Para se ter uma ideia, no DF hoje se consome cerca de 60 mil toneladas de peixe e produzimos apenas 15 mil toneladas”, pontua Candido Teles. “Hoje já temos a parceria com a Codevasf, que nos ajuda a ampliar o programa no âmbito nacional. E com essa parceria com os ministérios, isso só tende a crescer”, complementa.
A ministra Cristianne Brito lembra que o Agricultura da Vida é um dos eixos do projeto Mães do Brasil, do Executivo nacional. Segundo ela, com a parceria, se aproveita o que há de melhor em cada uma das políticas públicas. “Isso significa pegar ferramentas de cada um dos programas e unir para que dê bons resultados”, opinou. “O Alevinar é reconhecido no Brasil e queremos levar autonomia financeira para a mulher e cuidar de mães também”, disse.
“Estamos unidos e imbuídos em iniciativas para transformar vidas. Não é só capacitar pessoas para a piscicultura, mas focar no desenvolvimento social e econômico, no resgate de pessoas que têm dificuldades em tirar seu sustento”, destacou a secretária da pesca.
Projeto Reflorestar
Além da piscicultura, o projeto Reflorestar – que consiste na recomposição da vegetação local – também será beneficiado com o acordo de cooperação. “Além do nosso projeto com os alevinos que já é um sucesso, teremos mais gente envolvida nesse importante esforço de recomposição da vegetação da capital. O acordo nos ajudará muito”, observa a presidente da Emater-DF, Denise Fonseca.
Seiscentos e vinte e oito produtores rurais foram beneficiados nos últimos três anos com mudas nativas doadas pela Seagri e já auxiliaram na recomposição de 689 hectares de área rural no DF, após capacitação do governo. Os termos para o cadastramento e a capacitação de novos integrantes no Alevinar e no Reflorestar serão definidos pelas pastas nas próximas semanas.