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Coluna – Ano paralímpico termina com brilho no Mundial de taekwondo

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Ronan Carlos Meira Ramirez
Ronan Carlos Meira Ramirez
Ronan Carlos é jornalista, diretor do 61notícias e apresentador do canal 61podcast no YouTube, com mais de meio milhões de inscritos. Em 1997, estreou na tv como publicitário fazendo várias participações em programas de tv anunciando empresas e marcas com relevância nacional e internacional. Em 2022, lançou o livro sabores da vida uma autobiografia de sua história de vida e superação.

O fim de semana marcou o fim do calendário de competições internacionais paralímpicas em 2021, com resultados importantes para o Brasil. Destaque ao Mundial de parataekwondo, disputado em Istambul (Turquia), entre sábado (11) e domingo (12), onde a delegação nacional conquistou sete medalhas, sendo uma delas de ouro, com Silvana Fernandes.

No caminho rumo ao título da categoria até 58 quilos da classe K44 (atletas com amputação unilateral do cotovelo até a articulação da mão), a paraibana bateu a russa Raganina Karina e as turcas Tugce Sen e Gamze Gurdal. Este último duelo reeditou a disputa pela medalha de bronze na Paralimpíada de Tóquio (Japão), vencida pela brasileira.

Silvana lutando, com a bandeira do Brasil e com a medalha no peitoSilvana lutando, com a bandeira do Brasil e com a medalha no peito

Silvana lutando, com a bandeira do Brasil e com a medalha no peito – World Taekwondo/Divulgação

Também medalhistas no Japão, os paulistas Nathan Torquato e Débora Menezes foram bronze em Istambul. Ouro em Tóquio, Nathan sofreu uma lesão no joelho durante a semifinal da categoria até 61 quilos, contra o tetracampeão mundial Bolor Ganbat, da Mongólia, e teve que desistir do combate. Prata na Paralimpíada, Débora também caiu na semifinal da categoria acima de 65 quilos, batida pela britânica Amy Truesdale.

Silvana lutando durante competição Silvana lutando durante competição

Silvana lutando durante competição – World Taekwondo/Divulgação

O Brasil foi representado por mais 13 atletas, sendo que quatro foram ao pódio. A amapaense Leylianne Santos brilhou ao ser vice-campeã mundial da categoria até 65 quilos, superada na final pela turca Secil Er – que, na semifinal, derrotou a mineira Ana Carolina Moura, que foi bronze. Mesma medalha que a paranaense Camila Macedo conquistou na categoria acima de 65 quilos (a mesma de Debora) ao perder na semifinal para a uzbeque Guljonoy Naimova, ouro em Tóquio. A potiguar Christiane Neves também ficou em terceiro lugar, na categoria até 52 quilos.

As conquistas em Istambul deixaram o Brasil em terceiro lugar no quadro geral, atrás somente dos anfitriões turcos (14 pódios) e da Rússia (dez). O desempenho brasileiro foi o melhor desde que a modalidade entrou no programa paralímpico. Em 2017, em Londres (Reino Unido), a delegação saiu zerada. Dois anos depois, em Antalya (Turquia), vieram um ouro com Débora Menezes e um bronze com Christiane Neves. Já em Tóquio, o país liderou o ranking da modalidade com três medalhas, uma de cada cor.

O Mundial deste ano trouxe as novidades do ciclo paralímpico de Paris (França). Ao contrário de Tóquio, onde houve disputa em três categorias, os Jogos na capital francesa terão cinco pesos por gênero. Além disso, lutadores que eram das classes K42 (amputação em ambos os braços, abaixo do cotovelo) e K43 (deficiência em um dos braços, abaixo do cotovelo), que não tiveram competição no Japão, migaram à K44.

Domínio na Copa América de bocha

Outro resultado relevante do paradesporto brasileiro foi alcançado na Copa América de bocha, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Os dez atletas que representaram o país foram ao pódio na competição, disputada pela primeira vez com a divisão de competidores por gênero, como será em Paris. Nas provas individuais, que terminaram no domingo, foram quatro ouros, três pratas e três bronzes. Nos torneios por equipes e pares, finalizados hoje (13), vieram mais três medalhas: uma dourada, uma prateada e uma bronzeada.

Vale lembrar que a bocha é praticada por pessoas com elevado grau de comprometimento físico-motor. As classes BC1 e a BC2 reúnem atletas que jogam com mãos ou pés, com a diferença que, na BC1, é permitida a presença de um auxiliar para entregar as bolas. Na classe BC3, os jogadores têm apoio de uma calha para fazer os arremessos. Por fim, na classe BC4, estão os competidores com lesão medular.

Os ouros individuais da delegação brasileira vieram nas provas masculinas das classes BC1 (José Carlos Chagas), BC2 (Maciel Santos) e BC3 (Mateus Carvalho) e na BC1 feminina, com Andreza Vitória. Natalie Faria (BC2), Evelyn Oliveira (BC3) e Eliseu dos Santos (BC4) levaram a prata, enquanto Iuri Tauan (BC2), Evani Calado (BC3) e Ercilene Laurinda (BC4) foram bronze. O país ainda foi campeão na disputa por equipes que reúne atletas BC1 e BC2. No campeonato de pares da classe BC3, o Brasil foi vice. Já na BC4, o par brasileiro ficou em terceiro.

Foto da delegação brasileira completaFoto da delegação brasileira completa

Foto da delegação brasileira completa – CBTKD/Divulgação

Fonte: Agência Brasil

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