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Estudantes da UEG desenvolvem projeto social

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Ronan Carlos Meira Ramirez
Ronan Carlos Meira Ramirez
Ronan Carlos é jornalista, diretor do 61notícias e apresentador do canal 61podcast no YouTube, com mais de meio milhões de inscritos. Em 1997, estreou na tv como publicitário fazendo várias participações em programas de tv anunciando empresas e marcas com relevância nacional e internacional. Em 2022, lançou o livro sabores da vida uma autobiografia de sua história de vida e superação.

Um grupo de quatro estudantes do curso de Direito do Câmpus Metropolitano da Universidade Estadual de Goiás (UEG) teve a iniciativa de criar o projeto “Vai Catar Latinha”, com o objetivo de preservar o meio ambiente e ajudar famílias da periferia de Aparecida de Goiânia em situação de vulnerabilidade durante a pandemia de covid-19.

Segundo os estudantes, a meta é sensibilizar a população acadêmica quanto aos benefícios da reciclagem do alumínio e demostrar que esse pequeno pode operar uma mudança no meio ambiente e, consequentemente, na vida dos mais necessitados. “Se conseguirmos ajudar uma família, ficaremos felizes. Mas estaremos mais felizes ainda se conseguirmos ajudar 10, 20 ou o máximo que pudermos. A nossa única intenção é ajudar a quem precisa”, salienta Daniel Levi Santos Moura, que se juntou aos colegas do 4º período do curso, Álvaro César Cavalcante Silva, Enver Roger e Manoel Lázaro Pereira Borges para colocarem o projeto em prática.

Cesta básica

Os idealizadores dizem que muitas famílias sobrevivem com menos de R$ 150,00 mensais e a doação de uma cesta básica trará alivio para as famílias carentes que serão alcançadas pelo projeto.

Daniel Levy explica que será criado um grupo responsável por armazenar o material recolhido, pesá-lo e prestar conta do que for recolhido em cada coleta. A coleta das latinhas será feita em três dias nos meses de maio, junho e julho (28/05, 25/06 e 30/07) das 10 às 11 da manhã, para não haver aglomeração. Nesses dias, os estudantes estarão aguardando as doações na sede do Câmpus Metropolitano, em Aparecida de Goiânia.

Nesse momento, os estudantes à frente do projeto estão sensibilizando os acadêmicos, através das redes sociais, sobre os benefícios da reciclagem do alumínio e do resultado social que isso acarreta tanto para o meio ambiente como para as pessoas. “Mesmo de longe, a gente pode se unir e ajudar ao próximo”, reforça Daniel.

De acordo com Daniel, a base do projeto vem lá do 1º período, por meio da disciplina Antropologia, quando aprenderam que o Direito vai além de advogar e se estende a ajudar o próximo. “Discutimos e chegamos à conclusão de que como estudamos numa universidade pública, sem pagamento do curso, deveríamos ajudar as pessoas mais necessitadas. A maneira mais fácil, que não onerava ninguém, seria a arrecadação de latinhas porque é o material reciclável que mais tem valor no mercado”, ressalta.

 Reciclagem

Segundo dados da Associação Brasileira do Alumínio (Abal) e da Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas), apesar das dificuldades enfrentadas pelo Brasil por conta da pandemia de covid-19, como a interrupção de atividades de coleta seletiva em diversos municípios e a suspensão do trabalho de cooperativas e catadores, a cadeia de latas de alumínio para bebidas apresenta resultado muito positivo.

Os dados mostram que que o índice de reciclagem de latas de alumínio, que em 2020 atingiu a marca de 97,4%, manteve o Brasil entre os líderes mundiais em reciclagem de latinhas. Em números, isso significa que foram recicladas 391,5 mil toneladas ou aproximadamente 31 bilhões de unidades.

O alumínio secundário, obtido por meio do processo de reciclagem da sucata, economiza 95% da energia necessária para a produção do alumínio primário, gerado pela transformação da bauxita. Cada 1.000 kg de alumínio reciclado significa 5 mil kg de minério bruto (bauxita) poupados.

As latinhas no Brasil têm ao menos 70% de material reciclado em sua composição. O intervalo de tempo entre uma lata ser vendida e o material voltar à prateleira numa nova lata é calculado em 60 dias. Elas são os materiais de maior preço no mercado dos recicláveis. Valem cerca de 4 vezes o valor atual do PET e 48 vezes mais do que o vidro, de acordo com dados publicados pelo Compromisso pela Reciclagem (Cempre).

Fonte: UEG – Governo de Goiás

Fonte: Portal Goiás

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