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Goiás investe mais de R$ 70 milhões no Daia

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Ronan Carlos Meira Ramirez
Ronan Carlos Meira Ramirez
Ronan Carlos é jornalista, diretor do 61notícias e apresentador do canal 61podcast no YouTube, com mais de meio milhões de inscritos. Em 1997, estreou na tv como publicitário fazendo várias participações em programas de tv anunciando empresas e marcas com relevância nacional e internacional. Em 2022, lançou o livro sabores da vida uma autobiografia de sua história de vida e superação.

No dia em que o Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia) completa 45 anos de inauguração, nesta terça-feira (9), o Governo de Goiás, por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego), lança uma série de investimentos de mais de R$ 70 milhões. As obras serão voltadas para ampliação e modernização da infraestrutura do maior e mais antigo parque industrial do estado.

Para evitar que o Daia volte a sofrer com escassez hídrica, o presidente da Codego, Renato de Castro, ressalta a destinação de R$ 11,6 milhões para a construção de duas barragens ao longo do Ribeirão Caldas para armazenamento de mais de 3 milhões de m³ de água. Além disso, a estatal tem feito um estudo geofísico, a perfuração e a interligação de novos poços profundos, que devem incrementar a disponibilidade hídrica no Daia, responsável pelo abastecimento de mais de 150 indústrias e cerca de 50 bairros da região Sul de Anápolis.

Dentro da programação consta o início da construção de um reservatório de água, com estrutura de concreto, com capacidade para armazenar 10.000 m³, um reservatório metálico de 2.000 m³ e uma Estação Elevatória de Água Tratada, com leitos de secagem de lodo do tratamento de água e adequação das instalações hidráulicas e elétricas para a interligação da infraestrutura atual ao novo sistema de abastecimento de água do Daia, ações orçadas em R$ 15 milhões.

“O principal objetivo é manter o nível de água alto, para superar com tranquilidade o período de estiagem e evitar de vez a escassez que todos os anos aflige a população anapolina”, afirmou o presidente da Companhia, Renato de Castro.

Há ainda a preocupação com o tratamento dos resíduos industriais. Por isso a estatal investirá R$ 10 milhões na reforma e adequação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do distrito, já visando a ampliação do sistema para atender a chegada de novas indústrias.

Expansão

Outro ponto importante destacado pelo presidente Renato de Castro foi a aceleração do processo de ampliação do Daia, com a integração de uma Plataforma Logística Multimodal, com área de 175 hectares repassada pelo governo estadual, que disponibilizará 108 módulos industriais para funcionamento de novas empresas.

A nova estrutura receberá mais de R$ 5 milhões de investimentos, que integra a implantação de rede de água, de esgoto e de uma estação elevatória de esgoto. Também consta no orçamento um projeto de iluminação para a Plataforma Logística.

A Codego construirá no Daia uma usina fotovoltaica para ampliar a capacidade energética do parque industrial, com programação para empregar R$ 25 milhões na obra.

Pavimentação, drenagem e mobilidade

A Codego já destinou R$ 900 mil na construção de 24 novos pontos de ônibus modulares, de última geração e ecologicamente corretos, que dispõem de assentos, iluminação noturna, wi-fi, câmeras de monitoramento e pontos de energia para carregamento de celular. A energia elétrica local advém de um sistema fotovoltaico, por meio de captação de energia solar.

Parcerias com órgãos estaduais também foram realizadas para incrementar o parque industrial. A Goinfra, por exemplo, tem reconstruído toda a GO-330, o eixo principal do Daia. E o Detran realizou a restauração da sinalização viária, ações que contribuem para a segurança dos motoristas e dos pedestres que passam pelo parque industrial diariamente.

Na programação da Codego ainda consta a construção de calçadas ao longo do distrito, pavimentação asfáltica de vias e drenagem de águas pluviais, com investimento de R$ 5,6 milhões.

Correios

As empresas instaladas no Daia e região passaram a contar com uma Agência Empresarial dos Correios graças à intermediação do Governo de Goiás e da Codego. A unidade é especializada no atendimento ao segmento empresarial e tem como foco a redução dos custos. 

Com 1.100 metros quadrados de área construída, com estacionamento de veículos e espaço para carga e descarga de encomendas, a unidade é a segunda no país a funcionar dentro de um distrito industrial. Outro ponto positivo é que no local será ofertada consultoria em comércio eletrônico.

Mais empregos

O governador Ronaldo Caiado inaugurou, no final de outubro em Anápolis, um posto do programa Mais Empregos na administração do Daia, iniciativa da Secretaria de Estado da Retomada em parceria com a Codego.

A nova unidade busca solucionar o desencontro entre oferta e demanda por mão de obra qualificada. O objetivo é receber currículos, captar vagas, prestar informações e matricular interessados em cursos de capacitação e qualificação profissional oferecidos pelos Colégios Tecnológicos (Cotecs) e parceiros. Os interessados podem cadastrar seus currículos em: www.daiamaisemprego.com.br.

Histórico

No dia 9 de novembro de 1976, com as presenças do então governador de Goiás, Irapuan Costa Júnior, e do então presidente da República, General Ernesto Geisel, foi inaugurado o Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia), que completa hoje 45 anos. O evento foi considerado um marco no processo de industrialização de Goiás e tinha como objetivo agregar valor à produção agropecuária e mineral.

Anápolis foi escolhida para abrigar um polo industrial, sobretudo por sua localização geográfica estratégica, entre duas capitais (Goiânia e Brasília), por estar no centro do País e ser servida por três rodovias federais – BRs 153, 060 e 414, facilitando o escoamento da produção de Norte a Sul do País.

Além disso, a cidade foi pioneira ao receber a primeira escola de formação profissional para a indústria do Senai (em 1952) fora do eixo Rio-São Paulo, o que contribuiu para escolha tendo em vista a mão de obra qualificada formada no município.

Hoje, o Daia conta com cerca de 150 empresas de diversos segmentos como artefatos para a indústria de construção, plástico, papel, papelão, indústria de alimentos e automobilística, abriga o segundo maior polo farmoquímico do Brasil e gera mais de 20 mil empregos diretos.

Fonte: Portal Goiás

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