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“Eu só preciso do amor de meu pai”, diz jovem ao procurar conciliação no Amapá

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Ronan Carlos Meira Ramirez
Ronan Carlos Meira Ramirez
Ronan Carlos é jornalista, diretor do 61notícias e apresentador do canal 61podcast no YouTube, com mais de meio milhões de inscritos. Em 1997, estreou na tv como publicitário fazendo várias participações em programas de tv anunciando empresas e marcas com relevância nacional e internacional. Em 2022, lançou o livro sabores da vida uma autobiografia de sua história de vida e superação.

“Sempre tive o desejo de ter uma relação afetuosa com meu pai”. Foi com esse sentimento que a jovem Ramona Silva, de 18 anos, procurou o Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) para reestabelecer os laços afetivos com o pai José Francisco de Melo.

Ela foi atendida pelo Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), que desempenha um papel que vai além da realização de audiências processuais e pré-processuais. Por meio do diálogo, a equipe de conciliadores e conciliadoras contribui também com a reconstrução de laços afetivos.

Emocionada, a jovem reforçou o motivo de ter comparecido à audiência para se reaproximar de seu pai. “Eu sempre disse que não preciso da pensão, mas sim de amor paterno. E esse momento aqui no Cejusc contribuiu para que tivéssemos uma conversa para estabelecer esse laço de amor e união. A minha história pode estimular outras pessoas que passam pela mesma situação, por isso quis compartilhar com todos. Procure seu pai, independente de onde ele estiver, porque amanhã pode ser tarde demais.”

“Perdemos tanto tempo longe um do outro, sem nos conhecermos. Então, esse momento foi muito importante para restabelecer essa conexão. Agora não podemos perder nem mais um minuto”, afirmou emocionado José Francisco. A advogada Elcivana Vales Araújo também participou da audiência, acompanhando o pai. “Acreditamos muito na conciliação por meio da mediação, na construção de acordos e convivência entre as partes. Por isso, incentivamos esses procedimentos para que, de fato, esses laços afetivos sejam fortalecidos cada vez mais.”

A supervisora do Cejusc 2º Grau, Nilce Helena, que atuou como conciliadora na sessão entre pai e filha, explicou que a mãe de Ramona compareceu sozinha na primeira, informando que queria regularizar o pagamento da pensão alimentícia e que o pai desse mais atenção à filha. “Ao identificar que ela era maior de idade percebemos que deveríamos conversar com ela diretamente. Assim, marcamos a segunda sessão. No início, perguntamos para ela qual era a necessidade dela nesse momento. E ela nos surpreendeu quando disse: ‘Eu só preciso do amor do meu pai’. A partir daí, iniciamos o trabalho de conciliação.”

Resolução de conflitos

A conciliação é um meio alternativo de resolução de conflitos em que as partes confiam a uma terceira pessoa (neutra) a função de as aproximar e orientar na construção de acordo. O profissional de conciliação é uma pessoa da sociedade que atua, de forma voluntária e após treinamento específico, como facilitadora entre as partes envolvidas, criando um contexto propício ao entendimento, à aproximação de interesses e à harmonização das relações.

Fonte: TJAP

Fonte: Portal CNJ

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