Conhecer o passado é fundamental para a construção do futuro. Com essa premissa, o Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) realizou, nesta quarta-feira (4/8), a audiência pública “Centro de Memória e Cultura do Poder Judiciário do Estado de Roraima”.
O evento reuniu história, cultura e memória de Roraima, a partir da perspectiva do Judiciário, e marcou a inauguração do Espaço da Memória no Fórum Advogado Sobral Pinto. O local reúne documentos antigos, móveis, uma espécie de museu da história do Tribunal. Os planos da instituição são ampliar ainda mais este acervo. O espaço tem a sua versão virtual no Portal de Memória Virtual do Judiciário Roraimense, também lançado durante a cerimônia.
A audiência teve mais de 100 pessoas inscritas, não somente de Roraima, como de outros estados. Ao longo do encontro, elas deram sugestões para aperfeiçoar a gestão da memória no TJRR, que serão avaliadas pela instituição.
O secretário geral do TJRR, Felipe Queiroz, destacou que a iniciativa está alinhada com a estratégia do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que instituiu o Programa Nacional de Gestão Documental e Memória do Poder Judiciário, fomentando iniciativas em todo o país. “Isso tem um papel fundamental e relevante na cooperação de todos os entes, estabelecendo um ambiente de construção coletiva da nossa narrativa histórica. É uma oportunidade fundamental para a construção da identidade do Poder Judiciário como pacificador social, preservador direitos sociais e guardião da cidadania.”
Queiroz destacou que o TJRR está em processo de organização e catalogação do acervo, para disponibilizar o conteúdo histórico para a sociedade. “Nós temos essa semana a deliberação a respeito da nossa Política de Gestão da Memória e Gestão Documental. Nossa expectativa é que na próxima semana, nós já possamos dizer o que o Tribunal de Justiça de Roraima tem uma política de gestão da memória aprovada”, explicou. Com a aprovação do plano, o próximo passo é a formação de uma comissão específica e um trabalho colaborativo com pesquisadores e com a sociedade, para que esse espaço da memória seja consolidado.
Exposições
A audiência contou com representantes de instituições como o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) e de Alagoas (TJAL), Universidade Estadual de Roraima (UERR) e Federal de Alagoas (UFAL) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O historiador Adelson André Brüggemann, do TJSC, falou sobre a documentação e Memória do Judiciário e o professor André Augusto Fonseca abordou a memória como parte do Patrimônio Cultural Brasileiro.
Larissa Maria de Almeida Guimarães e Norami Rotava Faitão, do Iphan, falaram sobre a caracterização e preservação de acervos. A pesquisadora Cecy Brasil refletiu sobre o Patrimônio Histórico Arquitetônico de Roraima; e Irina Costa, do TJAL, e Adriana Guimarães Duarte, da Ufal, destacaram o valor histórico e cultural dos Centros de Memória do poder judiciário brasileiro.
Fonte: TJRR
Fonte: Portal CNJ