O corregedor-geral da Justiça do Trabalho, ministro Aloysio Corrêa da Veiga, promoveu em 10 de dezembro, o lançamento virtual simbólico do Fluxo Nacional Otimizado de Procedimentos em Primeira Instância (WikiVT). A ferramenta de gestão do conhecimento descreve e orienta as rotinas das secretarias das varas do trabalho. Mais de 700 pessoas acompanharam o webinário de apresentação do processo de atualização da ferramenta, que foi desenvolvida coletivamente para facilitar o trabalho da magistratura e equipes do 1º grau de jurisdição.
Criada em 2017, a WikiVT foi atualizada e está sendo mantida por grupo de trabalho coordenado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT15). “Esse projeto contou com a massiva colaboração de praticamente todos os tribunais regionais. Foi um trabalho auspicioso, de fôlego, que tem sua importância muito marcada nesse período de isolamento social. A ferramenta Wiki ocupará seu espaço como ferramenta essencial”, explicou o ministro.
De acordo com o Corrêa da Veiga, o coração do projeto Wiki é a colaboração e a atualização constante, uma vez que a estrutura da ferramenta prevê, a partir de triagens periódicas, demandas relacionadas à sugestão de melhorias e inconsistências. “O sucesso do projeto será proporcional à adesão de todos os Regionais e, que com o aval dos seus corregedores, atualizarão a Wiki. Dizer que os esforços se somarão, é dizer pouco. Eles se multiplicarão.”
A desembargadora Ana Paula Pellegrina Lockmann, corregedora do TRT15 e coordenadora do grupo de trabalho, reforçou que a plataforma será de grande utilidade para todos que atuam na Justiça trabalhista de 1º grau. “A Wiki é um repositório de informações relativas a cada uma das rotinas de trabalho a ser desempenhada. Todas essas rotinas partem de um índice correspondente ao próprio fluxo processual das fases de conhecimento, de liquidação e de execução. Tais informações dizem respeito às regras do processo, aos movimentos do Processo Judicial Eletrônico (PJe) e do e-Gestão, aos normativos referentes a cada uma das tarefas a serem praticadas pelos servidores, e também, aos modelos de documentos que representam as melhores práticas dos regionais do país.”
O desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (TRT12) Amarildo Carlos de Lima destacou o projeto que convida os órgãos de primeira instância a conhecer, utilizar e a colaborar com a plataforma WikiVT. “É um organismo vivo que necessita de constante atualização. Por isso, rogo a servidores, os efetivos usuários, aos corregedores, o incentivo à pesquisa na ferramenta, além de ofertas e sugestões de melhorias.”
Versão 2021
A juíza auxiliar do TRT15 Lúcia Zimmermann contextualizou a WikiVT, concebida a partir da necessidade de criação de um material de fácil consulta sobre tarefas do fluxo processual e acesso rápido e simples aos normativos. “Verificamos também a necessidade de mostrar visualmente o fluxo processual como um todo para o servidor bem como cada uma das rotinas. O grande desafio desse projeto é manter toda a gama de informações atualizada. O usuário interno da Justiça do Trabalho será o receptor e também o emissor de conhecimento.”
Segundo a magistrada, a criação da plataforma personifica o princípio da cooperação instituído pelo Código de Processo Civil (CPC), mobilizando os 24 tribunais trabalhistas. Ela reforçou que a padronização e a uniformização das rotinas de trabalho objetivam racionalizar as atividades e equalizar a força de trabalho principalmente neste período de trabalho a distância.
Todas as equipes da Justiça do Trabalho estão habilitadas a navegar na ferramenta. O trabalho de atualização da Wiki foi feito em duas semanas e mobilizou 42 servidores e servidoras de 21 regionais trabalhistas, que analisaram as informações contidas em mais de 300 páginas.
Érica de Oliveira Evangelista, servidora do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT10), aprofundou a descrição do processo de trabalho na WikiVT, que permite uma visão sistêmica das rotinas de secretaria, e demonstrou como foi a atualização. E Eduardo Sodré Junior e Adilson Sérgio Bertoldo Júnior, do TRT15, Conrado Augusto Pires, do TRT2, e Deborah Puig Cardoso, do TRT20, detalharam o uso da ferramenta.
Fonte: TRT15
Fonte: Portal CNJ