A influência das redes sociais no dia a dia dos adolescentes e saúde mental foi a abordagem da roda de conversa para os socioeducandos em cumprimento de medidas socioeducativas no Centro Socioeducativo de Semiliberdade Cidadã, unidade da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac).
A diretora do Centro, Geriane Silva, pontua que no Brasil muitos jovens estão adoecendo e apresentando transtornos na qualidade de vida. E que é preciso estar alerta sobre os cuidados com a saúde mental. “A rede social, segundo estudos, tem se tornado mais viciante do que cigarros e álcool, e agora está tão arraigada na vida dos jovens que não é mais possível ignorá-la. E pode gerar um impacto positivo e negativo em nossa saúde mental”, afirma Geriane.
O socioeducando destaca que é comum muitas pessoas terem outra identidade nas redes sociais. “Gostei muito da roda de conversa, pois muitas pessoas demonstram que estão felizes no mundo virtual, só que na realidade passam por algum problema e tem sua saúde mental comprometida”, diz.
A coordenada Técnica do Centro, Martha Carvalho, ressalta que no atual contexto, os mais jovens estão ainda mais expostos nas redes sociais e, logo, mais suscetíveis às adversidades. A facilidade e a rapidez com que as informações chegam podem induzir à sensação de que as relações sejam rápidas e perenes. “No ranking, o Instagram e Tik tok estão à frente como piores para a saúde mental. Ambas as plataformas são muito focadas na imagem e parecem estar gerando sentimentos de inadequação e ansiedade”, declara.