Conscientizar, mobilizar e chamar a atenção de mulheres e homens sobre o feminicídio e outras formas de violência contra a mulher. Com esse foco, a V Semana de Combate ao Feminicídio realizou mais uma etapa da agenda de programação, com panfletagem e orientações na Feirinha São Luís.
A ação do Governo do Maranhão, realizada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-MA), por meio da Casa da Mulher Brasileira, Delegacia da Mulher e Departamento de Combate ao Feminicídio, ocorreu neste domingo (14), às 10h, com presença de delegadas e representantes de órgãos de acolhimento à mulher vítima de violência. No espaço da feirinha foram distribuídos os panfletos e o público recebeu orientações sobre as formas de violência e mudanças de atitude.
A coordenadora da Casa da Mulher Brasileira, Susan Lucena, pontuou a necessidade de mudança na forma de agir e pensar, com relação aos direitos das mulheres. “Precisamos parar de naturalizar inúmeras situações, de hipersexualizar o corpo da mulher e achar que a mulher não tem direito ao seu corpo. Achar que, por causa de uma roupa, isso daria o direito de que ela seja importunada sexualmente, estuprada”, apontou.
A coordenada ressaltou que o feminicídio é decorrente da violência familiar, do menosprezo e discriminação à condição de mulher. “Por essas atitudes, mulheres perdem a vida todos os dias. Queremos viver em paz, com nossas famílias, junto com os homens e, por isso, estamos aqui hoje, dizendo que não aceitamos o feminicídio e nem uma forma de violência contra a mulher”, enfatizou Susan Lucena.
A campanha nasceu do inconformismo em aceitar essa violência e querer fazer com que essa realidade seja mudada, explicou a Delegada da Mulher, Kazumi Tanaka.
“Conseguimos várias adesões e uma grande abrangência com a campanha e vimos a necessidade de ter um momento no ano, para uma ação mais intensificada. O foco é chamar a atenção da população, em vários espaços públicos, agora, na Feirinha São Luís, e conscientizar que a mudança depende da ação de todos: do poder público e da sociedade. É necessário o engajamento e estratégias diferenciadas para alcançar todas as pessoas que precisam dessa informação”, frisou.
O motorista José de Ribamar Costa participou do evento e disse que a violência contra a mulher está desenfreada nos dias atuais. “Infelizmente, muitas vezes, vem de família. Movimentos como este ajudam a mudar um pouco essa concepção e somar para que se tenha a mudança de comportamento, para que não haja essa violência. Um passo fundamental é que tenha a conscientização na família, na escola e, também, em ações como esta aqui. Todos os esforços são bem-vindos”, reiterou.
A V Semana de Combate ao Feminicídio prossegue até o dia 21 de novembro, com palestras, debates e diversas ações em comunidades, escolas e universidades. No encerramento, haverá uma corrida simbólica pelo combate ao feminicídio.