A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social (Sedes) promove curso de capacitação destinados aos 217 municípios do Maranhão, com o objetivo de ampliar o diálogo sobre o trabalho escravo. A proposta é unir esforços para modificar a realidade social, econômica e educacional dos trabalhadores vítimas do trabalho escravo. Em parceria com a Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a capacitação acontece de forma virtual, com carga horária de 8 horas.
O curso está na sua terceira etapa, que acontece nesta terça (5) e quarta-feira (6), com o foco em potencializar as capacidades técnicas de intervenção das equipes, visando a geração de renda e trabalho as pessoas resgatadas e suas famílias. O Maranhão é o primeiro estado a desenvolver este trabalho, no campo de intervenção pública da Política de Assistência Social, integrando um conjunto de ações.
O secretário de Estado do Desenvolvimento Social, Márcio Honaiser, explicou que cursos contribuem para o aperfeiçoamento nas ações de abordagem social, identificação, inserção e acompanhamento das vítimas de trabalho infantil, trabalho escravo e suas famílias.
“Aqui nós temos a oportunidade de debater com os gestores, representantes municipais e outros órgãos competentes que nos acompanham na luta contra o trabalho escravo e infantil, sobre a melhoria do trabalho prestado pela Política de Assistência Social. Precisamos conscientizar a sociedade sobre a gravidade do trabalho escravo. Por essas razões estamos elaborando estratégias e executando ações que combatam efetivamente essa triste realidade do nosso estado”, afirmou o secretário.
A capacitação é ofertada para os profissionais da Política de Assistência Social, que trabalham nas ações de pós resgate das pessoas que estavam em situação de trabalho escravo e intervir para que não retornem a condição de escravos.
A superintendente de Proteção Social Especial, Amparo Seibel, destacou como a Sedes trabalha em parceria com outros órgãos para reinserir a vítima de trabalho escravo na sociedade.
“Fazemos a busca ativa para identificar o trabalhador e os seus familiares. Intervemos para diminuir os casos de reincidência, que geralmente sãos os mesmos locais e os mesmos trabalhadores. Após o resgate, fazemos o atendimento para identificar se a pessoa tem qualificação e escolaridade, se não tiver, buscamos a Secretaria de Educação para fazer o processo de escolarização e inserção ao mercado de trabalho”, relatou Amparo Seibel.