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Interno do sistema penitenciário lança o livro ‘Restos de Vida’ na Feira do Livro de São Luís

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Ronan Carlos Meira Ramirez
Ronan Carlos Meira Ramirez
Ronan Carlos é jornalista, diretor do 61notícias e apresentador do canal 61podcast no YouTube, com mais de meio milhões de inscritos. Em 1997, estreou na tv como publicitário fazendo várias participações em programas de tv anunciando empresas e marcas com relevância nacional e internacional. Em 2022, lançou o livro sabores da vida uma autobiografia de sua história de vida e superação.

George Bruno escreveu o livro ‘Restos de Vida’, lançado na Feira do Livro de São Luís. (Foto: Clayton Monteles)

O título ‘Restos de Vida’ é a obra autobiográfica escrita pelo interno George Bruno, de 39 anos, e que foi lançada nesta sexta-feira (10), na 13ª Feira do Livro de São Luís. 

A obra foi lançada com o apoio da Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP), através da Supervisão de Educação, que tem o papel ressocializador e de capacitar os custodiados através da oportunidade ao estudo e qualificação profissional.

Um destes exemplos é George Bruno, que cumpre pena na Unidade Prisional de Ressocialização (UPSL 2), e no livro conta sua trajetória de vida, seus altos e baixos, suas reminiscências desde a adolescência e início dos delitos até sua ressocialização.

São 96 páginas, com relatos das transgressões na sociedade. Como ele cita no trecho: “No passado tive uma vida normal como qualquer outro cidadão comum, era sociável, mas com o passar do tempo segui um caminho errado e fiz opções que me tornaram insociável”, conta.

Amigos, familiares e servidores do sistema prisional prestigiam o lançamento da obra. (Foto: Clayton Monteles)

Em sua trajetória de vida, ele decide viajar para o Rio de Janeiro, mudar de vida, mas um mandado de prisão por sentença dada à revelia faz com que ele volte novamente a ser detido no Maranhão.

Nestes oito anos vividos longe, é notória a ele a percepção das mudanças ocorridas no sistema penitenciário. “Soube que as rebeliões e motins de presos, o que era comum em Pedrinhas, tinha acabado, o sistema mudou. Alguns anos antes, a UPSL 2 era a pior Unidade Prisional do Complexo de Pedrinhas, mas atualmente é a cadeia que dá mais oportunidade para os internos trabalharem”, conta em outro trecho.

Assim como George Bruno, que escreveu e lançou um livro, a SEAP tem inserido cada vez mais os internos em ações de ressocialização através da educação e do trabalho.

Um dos dados foi zerar o índice de analfabetismo no âmbito prisional; o crescimento de 93,75% no número de internos inscritos para o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), em relação a 2018; e o crescimento de 111% no número de reeducandos inscritos no ENEM PPL 2021, em relação ao mesmo período, entre outros.

Fonte: Agência de Notícias do Maranhão

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