O Museu do Reggae do Maranhão, situado na Rua da Estrela (Centro Histórico), vai reabrir nesta sexta-feira (16). Após um período fechado para reforma estrutural, e também por causa da pandemia de Covid-19, o espaço, coordenado pela Secretaria de Estado da Cultura (Secma), volta a oferecer ao público um vasto material sobre a cultura reggae, a partir das 15h, com a presença do secretário de Estado da Cultura, Anderson Lindoso, dentre outras autoridades. A reforma do espaço faz parte das ações do Programa Nosso Centro.
Na reabertura, o público vai poder conferir um espaço reformado e acompanhar uma novidade: o lançamento da bandeira oficial da Jamaica Brasileira. Sim, de acordo com o gestor do Museu, Ademar Danilo, o Governo do Estado criou uma bandeira que reúne os principais elementos do reggae maranhense, como o vinil, a radiola, a dança.
“A ideia é identificarmos o Maranhão como Jamaica Brasileira, e não mais somente São Luís. Amanhã ela será descerrada e posteriormente ficará hasteada”, informou Ademar Danilo. A bandeira é uma criação conjunta do artista plástico Beto Nicácio, do cineasta Diego Lisboa e do próprio Ademar Danilo.
O reggae, ritmo que nasceu na Jamaica, foi assimilado pela população maranhense e se transformou em mais um dos muitos elementos culturais que formam a maneira de ser do maranhense.
“O Museu do Reggae continua sendo um museu de informações. No espaço a gente materializa algumas memórias do reggae no Maranhão. A gente tenta materializar isso mostrando o que havia, o que há, e pensando no que haverá. Essa é a função do Museu do Reggae, preservar, estudar, e celebrar a cultura reggae no Maranhão. Com a reabertura, mantemos esse caráter de museu de informação, mas um museu de informação que tem muita relíquia”, disse Ademar.
Para o secretário de Estado da Cultura, Anderson Lindoso, a reabertura representa a retomada de atividades presenciais, além de proporcionar mais um espaço cultural para a população.
“Bom estarmos reabrindo o Museu do Reggae, um espaço de conhecimento sobre esse ritmo jamaicano, mas tão bem assimilado pelo maranhense, a ponto de influenciar na cultura, em modos e costumes. O espaço se oferece como local de apreciação, mas também de pesquisa, de estudo, de informação, e estará aberto ao público, claro com as devidas medidas de prevenção contra a Covid, porque a pandemia ainda não acabou”, destacou Anderson Lindoso.
Espaço abriga relíquias da cultura reggae
O Museu do Reggae foi inaugurado em 18 de janeiro de 2018 e conta a trajetória do gênero musical no estado, abrigando o acervo, material e imaterial, sobre o reggae maranhense. Nas várias salas de exposição existem relíquias como a guitarra usada há mais de 30 anos no primeiro show da Tribo de Jah, grupo pioneiro do reggae no Maranhão.
“A gente não pode abrir mão de ter exposição permanente para relíquias como fotografias raras dos anos 1970, 1980, 1990; imagens de vídeos também raras dos anos 1980 e 1990 ; discos de vinil que ajudaram a consolidar essa preferência do maranhense pelo reggae; temos a radiola do Serralheiro (DJ Edmilson Tomé da Costa, já falecido) que é a peça número 1 do museu, e temos um ambiente esteticamente muito bonito com homenagens a grandes nomes do reggae representados em painéis e cartazes de 4 metros de altura, de Peter Tosh, Bob Marley e Jimmy Cliff e da cantora Célia Sampaio”, contou Ademar.
Colocar a cantora maranhense Célia Sampaio entre os grandes nomes do reggae mundial foi uma forma de ressaltar a voz dela dentro de um cenário não só cultural, mas social. “Decidimos por Célia Sampaio pelo que ela representa na luta da mulher, em especial da mulher negra. Ela é uma mulher de muita consciência social, compromisso, transformação social, e nós decidimos homenageá-la ao lado de grandes nomes do reggae”, disse o gestor.
O Museu do Reggae fica na Rua da Estrela, 124, Praia Grande, em São Luís.