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Guterres lamenta escalada sem precedentes de bombardeios na Palestina

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O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse neste sábado que ficou surpreso com a escalada de bombardeios de Israel em Gaza e repetiu o pedido por um cessar-fogo imediato para a entrega de ajuda humanitária.

“Fui encorajado nos últimos dias pelo que parecia ser um consenso crescente na comunidade internacional… sobre a necessidade de pelo menos uma pausa humanitária nos combates”, disse Guterres em um comunicado.

“Lamentavelmente, em vez da pausa, fui surpreendido por uma escalada sem precedentes de bombardeios e dos seus impactos devastadores, minando os referidos objetivos humanitários”, disse.

Os comentários de Guterres ocorrem após a escalada de Israel na represália de semanas pelo ataque de 7 de outubro do grupo militante palestino Hamas, que matou 1.400 israelenses.

As agências humanitárias afirmam que uma catástrofe humanitária está prevista para os 2,3 milhões de habitantes de Gaza que estão sob um bloqueio israelense. As autoridades de saúde do enclave controlado pelo Hamas disseram que 7.650 palestinos, também a maioria civis, foram mortos desde o início do bombardeio de Israel.

Gaza está sob um bloqueio quase total de comunicações desde a noite de sexta-feira, culpa que o Crescente Vermelho Palestino atribuiu a Israel.

“Dada a falha nas comunicações, também estou extremamente preocupado com o pessoal da ONU que está em Gaza para prestar assistência humanitária”, disse Guterres neste sábado. “Esta situação precisa ser revertida.”

O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que o apagão estaria bloqueando ambulâncias e a retirada de pacientes, além de impedir abrigo seguro às pessoas.

Ele e outras agências humanitárias disseram que não conseguiram contatar seu pessoal, mas um representante dos Comitês Internacionais da Cruz Vermelha (CICV) e do Crescente Vermelho em Gaza teria enviado uma mensagem de áudio.

Os apelos por um cessar-fogo têm aumentado em todo o mundo. 

*É proibida a reprodução deste conteúdo.

Fonte: Agência Brasil

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