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Em reunião no Senado, presidente da Anvisa defende vacina

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Em reunião na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado, na tarde de hoje (16), o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, defendeu a vacinação da população contra a covid-19 e criticou discursos que disseminam a desinformação sobre o assunto. Ele lembrou que os imunizantes são aplicados desde a infância e que nunca houve questionamento a esse respeito.

 “Então, tudo que se constrói de terrorismo, de fake news em cima dessa questão está cobrando um preço – está cobrando um preço. A conta está chegando”.

Na reunião, Barra Torres mencionou ameaças que membros da Diretoria Colegiada da agência têm recebido por defenderem a vacinação de crianças contra a covid-19. “É lógico que seria muito bom, seria ideal que tivéssemos sobejas manifestações de apoio, etc. Pontuei até aqui, recentemente, que havia esse cenário num passado não tão distante assim. Mas acaba que nós queremos ter, pura e tão somente, o mínimo necessário para o trabalho ser feito – eu digo isso pelos servidores da casa, os servidores concursados –, para, minimamente, termos condições de trabalhar num ambiente sem ameaças, sem agressões.”

Durante a reunião, o presidente da Anvisa também falou sobre a relação com o presidente da República, Jair Bolsonaro. Anvisa e Planalto divergiram quando o presidente defendeu, em dezembro de 2021, a divulgação de nomes de técnicos da agência que aprovaram a vacina da Pfizer para crianças. Depois, o presidente fez criticas à aprovação do imunizante e questionou as motivações por trás da decisão, o que gerou críticas de Barra Torres. Após o episódio, o presidente Jair Bolsonaro negou ter acusado Barra Torres de corrupção.

“É importante pontuar que, se formos fazer uma análise de todas as manifestações do senhor presidente em relação à Anvisa, nós vamos encontrar, talvez, 97% de referências elogiosas e três diametralmente opostas a isso”, destacou Barra Torres ao participar nesta quarta-feira da reunião da Comissão de Direitos Humanos do Senado.

Fonte: Agência Brasil

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